"Dissimulado": prima de suspeito de matar os pais conta sobre histórico de internações e violência

Publicado em 18 maio 2021, às 15h26.

Em depoimento para a Polícia Civil do Paraná, a prima de Sergio Casturino da Silva Júnior, suspeito de matar os pais cruelmente, relatou sobre o histórico de internações do assassino confesso e outros episódios de violência.

Segundo a mulher, que não terá o nome divulgado, em janeiro, Sergio manteve a própria mãe em cárcere privado. A polícia foi chamada na ocasião, mas Maria Noilda de Oliveira, que foi morta asfixiada pelo filho, não deixou que o prendessem. Sergio foi então internado pela prima, que procurou ajuda pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A prima conta que o suspeito já foi internado diversas vezes, que usava drogas, como cocaína, por exemplo, mas que também dava problema quando estava “limpo”. Outros familiares já haviam relatado sobre a agressividade de Sérgio e a forma como ele agia com os pais.

Para a prima, Sergio era “muito dissimulado”. Ela ainda relatou que estranhou o sumiço da tia, Maria, que a criou, e ligou para a neta da vítima, que estava na residência fazendo uma mudança. A neta de Maria contou que tinha visto um respingo de sangue na entrada da casa e que um quarto estava com a porta trancada. Foi então que a prima de Sergio chamou a polícia.

Veja o vídeo do relato da prima do suspeito:

A Polícia Militar foi acionada, arrombou a porta e encontrou Maria de bruços, com as mãos amarradas atrás do corpo com um lacre de plástico e a cabeça envolta por um saco plástico preto. A causa da morte atestada pela perícia foi asfixia. Um dos policiais militares que atendeu a ocorrência disse que, ao perguntar para Sergio o que tinha acontecido, ele confessou que tinha matado a mãe.

Na sequência, ainda no atendimento, a neta de Maria questionou que o avó, Sergio Casturino da Silva, pai do suspeito, também estava incomunicável desde o dia 8 de maio e que supostamente estaria pescando.

O policial foi até a viatura, onde o assassino confesso aguardava para ser levado para a delegacia, e perguntou se ele sabia sobre o pai. Neste momento, Sergio da Silva Junior contou que também havia matado o pai, a marteladas, e enterrado o corpo no quintal, atrás do carro. O cadáver foi encontrado.

O suspeito foi preso em flagrante na Central de Flagrantes, em Curitiba, mas optou por ficar em silêncio ao ser interrogado pelo delegado da unidade. Ele não falou qual foi a motivação do crime, ou seja, o que aconteceu para que ele decidisse matar os pais de forma cruel.

Sergio Casturino da Silva Júnior ficou em silêncio durante seu depoimento para a Polícia Civil (Foto: Reprodução)

O crime foi registrado no bairro Cajuru, em Curitiba, na casa das vítimas.