Edison Brittes é transferido para Casa de Custódia de Piraquara após alegação de ameaça

por Daniela Borsuk
com RIC Record TV
Publicado em 24 mar 2021, às 15h24.

Após a Justiça autorizar a transferência de Edison Brittes, assassino do jogador Daniel Correia de Freitas, da Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, para a Casa de Custódia de São José dos Pinhais, o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) negou o pedido e encaminhou Brittes para a Casa de Custódia de Piraquara.

A transferência foi um pedido da defesa de Edison Brittes, que alegou que o réu estaria sofrendo ameaças na penitenciária, e que a Casa de Custódia seria o local ideal para que o preso pudesse ficar em contato mais próximo com a família.

Após a autorização da transferência pela juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal do foro regional de São José dos Pinhais da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, o diretor da Casa de Custódia de São José dos Pinhais enviou um ofício para a Justiça dizendo que o réu já havia ficado no local e que apresentou diversos problemas durante o período, como desacato e até tentativa de fuga. Por esses motivos, o diretor entendia que o réu deveria permanecer na unidade de Piraquara.

Em nota, o Depen se manifestou dizendo que Edison não tinha o perfil da Casa de Custódia de São José dos Pinhais e que, devido à isso, foi transferido para a Casa de Custódia de Piraquara.

Veja na íntegra:

“O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) informa que, após análise da central de vagas, o preso Edison Brittes Júnior foi transferido da Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, para a Casa de Custódia de Piraquara. Esclarecemos ainda que a transferência para São José dos Pinhais não foi possível pois a unidade penal possui outro perfil de preso, não sendo adequado para a custódia de Brittes”.

Relembre o caso

Brittes está preso desde 31 de outubro de 2018, pelo assassinato do atleta Daniel Correia de Freitas, encontrado morto no dia 27 de outubro de 2018. Daniel foi espancado, quase teve o pescoço degolado e teve o pênis decepado após a festa de 18 anos de Allana Brittes, filha de Edison, em São José dos Pinhais.

Além de Edison, outras seis pessoas respondem por envolvimento na morte do jogador de futebol. Veja os crimes:

  • Edison Brittes: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo;
  • Cristiana Brittes: coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;
  • Allana Brites: coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor;
  • Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
  • Ygor King:  homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;
  • David Willian da Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;
  • Evellyn Brisola: fraude processual