Defesa alega tortura dentro da prisão e pede transferência de Edison Brittes

por Guilherme Becker
com informações da RIC Record TV Curitiba
Publicado em 16 mar 2021, às 14h10. Atualizado às 15h17.

A defesa de Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel Correia de Freitas, pediu à Luciani Regina Martins de Paula, Juíza de Direito da 1ª Vara Criminal do foro regional de São José dos Pinhais da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, estado do Paraná, a transferência de presídio do acusado. De acordo com o advogado, Cláudio Dalledone Jr, Edison está sendo vítima de torturas e ameaças dentro da Penitenciária Central do Estado – PCE, situada em Piraquara.

O pedido da defesa foi formalizado no dia 5 de março e aceito pela Justiça de São José dos Pinhais na última sexta-feira (12). A transferência do detento para a Casa de Custódia de São José dos Pinhais foi autorizada e deve acontecer nas próximas horas. 

“Pelo que ele relata, os agentes penitenciários colocaram a massa carcerária contra ele, dizendo que o espaço ‘vai ficar pequeno’. Estamos na iminência de termos Edison Brittes assassinado”.

Disse Cláudio Dalledone Júnior.

Edison Brittes, também conhecido como Juninho Riqueza, está preso desde o dia 31 de outubro de 2018. Juntamente com a esposa, Cristiana Brittes, a filha, Allana Brittes, e outras quatro pessoas, Edison é acusado da morte do jogador Daniel Correia no dia 27 de outubro de 2018.

Pedido de transferência

O pedido de transferência de Edison Brittes surgiu após um Boletim de Ocorrência, produzido pela mãe do réu. A mulher revelou que o filho contou que havia sido vítima de agressões dentro da Penitenciária Central do Estado (PEC). Outra denúncia foi feita ao Ministério Público.

Entre as ocorrências registradas estão isolamento absoluto sem direito a banho de sol, comida azeda e não fornecimento de água potável.

Com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Edison pediu a transferência para um presídio próximo do local de residência e também do juízo processante. Diante da solicitação, a Juíza Luciani autorizou a transferência para a Casa de Custódia de São José dos Pinhais.

Além disso, foi acatado o pedido para investigação das denúncias de agressão e tortura dentro da PEC.

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Edison Brites

Brittes está preso desde outubro de 2018, pelo assassinato do atleta. Atualmente, está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná. 

Jogador Daniel e Edison Brites (FOTO: REPRODUÇÃO/ RIC RECORD TV)

Entre as sete pessoas que respondem por envolvimento com a morte de Daniel, ele é o único que permanece preso (por este motivo). Em dezembro de 2020, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, que estava respondendo em liberdade, foi preso por tráfico de drogas. Já Evellyn Brisola também esteve envolvida com o tráfico em janeiro deste ano, mas não foi detida.

Todos irão à júri popular em uma data ainda não determinada pela Justiça. 

Acusações

Veja os crimes pelos quais são acusados os réus: 

  • Edison Brittes: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo;
  • Cristiana Brittes: coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;
  • Allana Brites: coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor;
  • Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
  • Ygor King:  homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;
  • David Willian da Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;
  • Evellyn Brisola: fraude processual