'Ele nunca usou arma', diz mãe de jovem baleado em frente a shopping de Curitiba

por Jonathas Bertaze
com informações de Lúcio André, da RICtv, e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 9 set 2022, às 21h39.

A mãe de Maicon Gabriel Angelin de Oliveira, de 19 anos, que morreu baleado em suposto confronto com a Polícia Militar, na frente de um shopping em Curitiba, na quarta-feira (7), afirma que o filho nunca teve ou utilizou uma arma na vida. Com isto, ela não se conforma com a morte do rapaz e nem acredita na versão de confronto.

Ainda segundo a mãe, Maicon tinha problemas com drogas desde a adolescência. Para sustentar o vício, ele cometia vários furtos no estado da Bahia e foi condenado a 20 anos de prisão. Porém ficou apenas cinco anos na cadeia. Conseguiu liberdade provisória com o uso de tornozeleira eletrônica. Quinze dias depois, ele rompeu o dispositivo e fugiu para o Paraná.

Assalto, sequestro e fuga da DP

Maicon prestava depoimento na delegacia em Curitiba, na quarta-feira, suspeito de um assalto, quando escapou do local pela janela do banheiro. De acordo com a mãe, o garoto fugiu por receio de ser identificado e preso, já que tinha arrebentado a tornozeleira para ao Paraná.

Na noite de segunda-feira (5), disse a mãe do rapaz, Maicon se encontrou com uma travesti e um motorista de aplicativo num bar no bairro Fazendinha, em Curitiba. A travesti pediu que o motorista os levasse até Araucária, na região metropolitana.

Na versão do motorista de aplicativo, Maicon e a travesti teriam anunciado um assalto e o colocado no porta-malas do veículo. Ele afirma que ficou preso no carro por duas horas rodando pela cidade, à mercê dos suspeitos.

Na noite desta terça-feira (6), o suspeito teria ligado para o motorista marcando um encontro para devolver o veículo alugado. Porém, o motorista acionou a polícia, que prendeu o rapaz. Ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes, onde prestou depoimento, e logo em seguida, fugiu pulando a janela. Em seguida, houve o confronto com a PM na frente do shopping.

Mas até a versão do motorista de aplicativo a mãe contesta, dizendo que não houve assalto algum. “Estavam os três juntos usando drogas à noite toda. Eles foram vender as peças do carro que ele tinha alugado e o motorista se arrependeu no outro dia, e o acusou de ter lhe sequestrado”, afirmou a mãe, em entrevista à RICtv.

Conforme o delegado da Polícia Civil, o rapaz teve relações amorosas com a travesti, e que Maicon ligou para o motorista buscar o carro, que chegou no local junto com a polícia.

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