Em 2022, nº de mortos em confrontos com a polícia aumentou 17,3% no Paraná
No Paraná, em 2022, 488 pessoas morreram durante confrontos com policiais, 17,3% a mais do que em 2021, quando ocorreram 416 mortes em circunstâncias semelhantes. O balanço é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), unidade do Ministério Público do Paraná e foi divulgado nesta quinta-feira (2).
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No levantamento, são consideradas mortes em situações envolvendo confrontos com policiais civis e militares e guardas municipais. No entanto, a maior parte, 483, foram com relação aos policiais militares. Também houve dois casos envolvendo policial civil (um em Guaíra e outro em Quitandinha) e três com guardas municipais (dois em Curitiba e um em Araucária).
As cidades que mais registraram vítimas em situações envolvendo agentes de segurança foram Curitiba (121), Londrina (50) e Foz do Iguaçu (22). Os casos de mortes de civis em confrontos foram registrados em 366 situações.
Recortes
Nos confrontos com policiais militares, 247 vítimas eram pardas (51%), 33 negras (7%) e 203 brancas (42%). Em relação à faixa etária, 287 vítimas em confrontos com policiais militares tinham entre 18 e 29 anos (59,42%) ; 166 tinham idade entre 30 e 59 anos (34,37%) e 30 tinham entre 13 e 17 anos (6,21%).
Balanço do Gaeco
O controle estatístico das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de estratégia institucional de atuação do MPPR com o objetivo de contribuir para a diminuição da violência das abordagens conduzidas pela polícia. As iniciativas do Ministério Público com esse intuito são constantemente discutidas com representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública, da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Nesse contexto, o Ministério Público do Paraná, a exemplo dos demais MPs do Brasil, aderiu ao programa nacional “O MP no enfrentamento à morte decorrente de intervenção policial”, instituído pelo Conselho Nacional do Ministério Público, por meio da Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança. A iniciativa do CNMP tem como objetivo assegurar a correta apuração das mortes de civis em confrontos com policiais e guardas municipais, garantindo que toda ação do Estado que resulte em morte seja investigada.
Veja aqui as tabelas com os dados comparativos por semestre desde 2015 e as cidades com maior número de mortes .