Em arrancadão de Toledo, jovens filmam momento onde andam sem capacete e a 170 km/h
Recentemente, se espalhou um vídeo pelas redes sociais, no qual mostra um jovem motociclista sem capacete, a uma velocidade de 170 km/h, arriscando algumas manobras perigosas. O vídeo foi gravado em uma pista de arrancadão da cidade de Toledo, localizada no oeste do Paraná.
Mesmo sendo uma prática ilegal e extremamente perigosa, tal situação vem se mostrando cada vez mais frequente. De acordo com a Secretária de Segurança e Trânsito do município, sem segurança alguma, durante a madrugada, o espaço, inaugurado em 2018, tem sido ponto de encontro para muitos motociclistas imprudentes, que aliam consumo de bebida alcoólica à alta velocidade.
“Através de um decreto, a Prefeitura [encaminhou] a Associação de Arrancadão [um pedido para que ela] tomasse conta do local. A prefeitura fez todas as benfeitorias necessárias, só que eles deveriam cuidar daquilo, e não estão cuidando”, informou o Secretário de Segurança e Trânsito, Arthur Rodrigues de Almeida.
Apesar da Secretaria informar que a manutenção e a guarda da pista é de responsabilidade da Associação de Pilotos de Arrancada de Toledo, o que no local são portões escancarados, cercas arrebentadas, garrafas de bebidas espalhadas e água parada em pneus ao lado da pista.
Em entrevista ao Balanço Geral do Oeste da RIC Record TV, o presidente da Associação, Alexandre Rafael Pech, afirmou que os portões já foram consertados várias vezes e, mesmo assim, os invasores estouraram os cadeados e entram ilegalmente.
“A gente já foi ameaçado de morte, já tive armas enfiadas na minha cara, minha família estava junto. Procurei os Órgãos Públicos e eles disseram que mandariam um pessoa para fiscalizar, mas, infelizmente, a bagunça continua. Sozinho não vou conseguir”, desabafou Pech.
Risco de morte
Em 2015, quando o local ainda estava em construção, dois jovens morreram durante um racha. De lá pra cá, os encontros clandestinos continuam acontecendo e os motociclistas parecem não se preocupar com o pior.
“Espero que não aconteça mais, mas do jeito que está propício, pode acontecer novamente sim”
lamenta Pech.