Empresa envolvida no desvio de dinheiro para aluna da USP se reúne com o Procon
A ÁS Formaturas, empresa responsável por organizar a formatura da 106ª turma de Medicina da USP, vai se reunir com o Procon-SP na segunda-feira (23) para prestar esclarecimento sobre o sumiço de quase R$ 1 milhão de reais da conta bancária da companhia.
Leia mais:
- Pesquisadores da UFPR encontram rochas formadas por plástico na Ilha da Trindade
- Confira os destaques para o fim de semana em Curitiba e no Litoral
De acordo com o Procon, a empresa foi notificada duas vezes e não respondeu, consequentemente tendo que esclarecer sobre o ocorrido pessoalmente. Caso a empresa não justifique o contrato com os formandos, poderá ser multada em até R$ 11 milhões de reais.
A estudante Alicia Dudy Muller, 25, confessou na quinta-feira (19) que retirou R$ 937 mil reais da conta da ÁS Formaturas e usou o dinheiro para benefício próprio, e foi indiciada por apropriação indébita.
De acordo com a investigação, a transferência do dinheiro foi feita em três parcelas sendo: R$ 604 mil para uma conta pessoal no nome de Alicia, R$ 145 mil e R$ 171 mil para contas em que o beneficiário não foi identificado.
Alicia irá responder o processo em liberdade, mas há a chance de ocorrer um pedido de prisão preventiva. A estudante também é investigada por estelionato e lavagem de dinheiro, essa investigação teve início após a tentativa de uma aposta de quase R$ 900 mil em jogos de loteria por parte de Alicia.
Alicia disse ainda ter apostado a quantia na tentativa de recuperar a comissão da formatura que havia perdido. Além das apostas, a estudante de medicina admitiu também ter usado o dinheiro com aluguéis de carro e apartamento e a compra de um iPad.
Até o momento, a polícia ouviu Alicia, dois alunos e um membro da ÁS Formaturas. Outras pessoas ligadas à empresa serão ouvidas, assim como a namorada da suspeita e outros membros da comissão de formatura.
O que diz a ÁS Formaturas
A empresa diz não ser responsável pela realização ou produção do evento da formatura. A instituição era encarregada de arrecadar os valores dos formandos e repassá-las à turma. Em nota, a ÀS informou que “todas as transferências foram realizadas rigorosamente conforme estabelecido nas cláusulas contratuais”.
“Estamos à disposição das autoridades para o fornecimento de contratos, documentos, e-mails e demais informações. Finalmente, gostaríamos de informar que mesmo estando isento de responsabilidades legais, estamos em contato com a comissão de formatura para buscar algum tipo de solução que viabilize a realização do evento planejado”, diz a nota.
De acordo com o Procon, a empresa enviou as primeiras explicações, no entanto as respostas foram consideradas insatisfatórias e com informações genéricas que “não especificaram os questionamentos feitos”.
