A irmã de Tatiane Spitzner, advogada morta em Guarapuava no dia 22 de julho, contou para a RICTV | Record TV que o casal estava distante e sobre a obsessão do suspeito pelo corpo
Nesta quarta-feira (1º) a irmã da vítima, Luana Spitzner, conversou com à equipe de reportagem da RICTV | Record TV e contou que na noite do crime, a irmã confessou que iria pedir o divórcio (assista abaixo). O relacionamento entre Tatiane Spitzner e Luís Felipe Manvailer durou cinco anos. Os dois se casaram no mesmo ano em que se conheceram, em 2013.
Além da irmã, Tatiane havia contado para uma amiga que conheceu na Alemanha que o marido tinha se tornado uma pessoa muito agressiva. Durante a troca de mensagens, ela confidenciou que Manvailer disse sentir ‘ódio mortal’ por ela. Na noite da morte, o casal e os amigos tinham ido à uma boate para comemorar o aniversário do suspeito. “Eu percebi que estava um em um canto, outro no outro. Deu pra ver que eles não estavam bem. Ela estava aproveitando a festa com os amigos dela e ele estava no canto dele. Aí uma hora ela sentou no sofá comigo e falou: ‘Lu, agora eu vou divorciar, eu quero divorciar’. E eu falei: ‘claro Tati, faça o que você achar melhor’”, contou Luana Spitzner.
A irmã ainda confidenciou que a notícia foi muito chocante, já que duas horas antes da morte as duas estavam juntas em um momento feliz. “Do nada minha vida virou de ponta cabeça desse jeito. Não tem explicação” contou emocionada.
Obsessão do suspeito pelo corpo
Segundo a irmã, Tatiane já havia comentado com ela sobre a obsessão de Manvailer pelo corpo. “Ele tava na academia o dia inteiro, deixava de almoçar com a minha família porque ia fazer a dieta dele, estava bem distante ultimamente. Estava bem empenhado no físico dele” contou Luana. Já para uma amiga, ela contou que estava desconfiada que o marido estava tomando bomba: “mudou completamente, não conheço a pessoa que tenho do meu lado” confessou a vítima em uma troca de mensagens pelo WhatsApp.
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Feminicídio em Guarapuava
A Polícia Civil indiciou por feminicídio Luis Felipe Manvailer, de 32 anos, no final da tarde da última terça-feira (31). Ele é o principal suspeito pela morte da advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos. Segundo Bruno Miranda Maciozek, delegado responsável pelo caso, ele é denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe e uso de meio cruel que impossibilitou a defesa da vítima, além da condição do sexo feminino.
O inquérito policial já foi recebido pelo Ministério Público (MP-PR) e o prazo para que o órgão se decidir, se vai ou não oferecer denúncia pelo crime de feminicídio, termina no dia cinco de agosto. O que realmente aconteceu no apartamento do casal, no dia 22 de julho, às investigações devem comprovar. Manvailer continua preso preventivamente na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) por ser considerado o único suspeito da morte da esposa. Ele nega à polícia que tenha jogado a esposa da sacada.
Em nota, a defesa de Manvailer informou que não iria comentar as declarações da autoridade policial em coletiva de imprensa na terça-feira (31), já que não teve acesso ao relatório final do inquérito e nem às declarações dadas sobre o assunto. Porém, após acessar o inquérito, a defesa entrou com pedido de impugnação das provas baseadas em conversas de WhatsApp da vítima e postagens em redes sociais, além do pedido de sigilo às imagens de câmeras de circuito.
Advogada aguardava mudança no comportamento de marido
Luana ainda contou para a equipe de reportagem que a irmã tinha esperança de que o marido mudasse e tudo voltasse ao normal, assista!
*Com informações dos repórteres Giulianne Kuiava e Daniel Santos, da RICTV Curitiba
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