"Eu sou a vítima", diz morador que matou mulher a facadas após invasão

por Carol Machado
Com informações da RICtv
Publicado em 25 out 2022, às 14h16. Atualizado às 14h17.

O morador suspeito de matar uma mulher a facadas após uma invasão compareceu a delegacia na tarde desta terça-feira (25), em Curitiba, para prestar depoimento. O homem alegou que agiu em legítima defesa e que é a vítima desta situação.

Em entrevista ao programa Balanço Geral, da RICtv, o homem disse que estava dormindo quando acordou com o barulho da janela da casa, no bairro Pinheirinho, sendo quebrada, entre a madrugada e a manhã desta segunda-feira (24).

“Estava dormindo e acordei e a pessoa já tinha invadido a minha casa. Quando eu vi que a porta estava aberta, peguei a primeira coisa que eu vi, que foi a faca, e como estava escuro eu fui pra cima da pessoa”, disse o morador, que não quis ser identificado.

De acordo com a polícia, Roseli Aparecida da Rocha, de 44 anos, levou 7 facadas e morreu no local. A mulher, já tinha passagens pela polícia por violação a domicílio. A suspeita é de que ela era usuária de drogas.

Segundo o morador, ele não percebeu que havia matado a mulher. O suspeito ainda disse que ele é a vítima da situação.

“Quando a pessoa falou que estava acompanhada que eu ouvi a voz e vi que era mulher. Fiquei com medo da pessoa que estava acompanhada com ela poderia me agredir ou chamar mais alguém. Fiquei com medo e acionei a polícia e fugi, com medo”. disse o homem. “Eu não sabia se a pessoa estava armada, qual seria a intenção da pessoa. Ela podia estar com um revólver ali, eu analiso a situação como a vítima, e que agora tô correndo risco de vida”, completou.

O advogado do morador alegou que o cliente agiu em legítima defesa e que não deve ser responsabilizado criminalmente. 

“Ter saído da casa era a única possibilidade dele, ainda mais porque ele não sabia se aquela mulher estava acompanhada de outras pessoas. Foi uma situação que foge totalmente da normalidade, pelo horário em que a casa foi invadida. Então ele estava extremamente assustado, o que ele podia fazer ali era buscar ajuda e sair o mais rápido possível’, disse o advogado Gabriel Marques.

O delegado Victor Menezes afirmou que aguarda o laudo da criminalística para determinar se houve crime. “A mulher teria de fato invadido a casa do autor do fato. Ele vai ser tratado como investigado, porque ainda não se pode precisar agora se houve crime. Houve uma morte violenta, mas a circunstância de ‘eu corri de um homicídio como legítima defesa’ ainda é algo que estamos apurando e dependemos do laudo da criminalística para apurar a dinâmica do fato como ocorreu, para publicarmos definitivamente qual vai ser o juízo desta delegacia de polícia”, disse o delegado.

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