Ex-superintendente do Porto de Paranaguá é alvo da PF por fraude em contratos
Operação da Polícia Federal cumpre 10 mandados de busca e apreensão e 13 de sequestro de bens
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (9) a Operação Serendipitia, com 23 mandados judiciais em Curitiba e no Rio de Janeiro. A ação tem como alvo uma quadrilha suspeita de fraudar contratos públicos ligados aos portos do Paraná. Os suspeitos são investigados pela prática de crimes de lavagem transnacional de dinheiro, evasão de divisas, corrupção ativa e passiva e associação criminosa.
Cerca de 30 policiais federais cumprem 10 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de sequestro de bens, expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados.
Entre os endereços vistoriados pela PF nesta quinta-feira (9), está um imóvel ligado a parentes do ex-governador do Paraná Roberto Requião. Um irmão do político foi superintendente do Porto de Paranaguá.
Descoberta de fraudes em contratos do porto de Paranaguá
O caso foi iniciado em 2021, a partir de provas descobertas no âmbito da Operação Daemon, deflagrada naquele ano para desmantelar complexo esquema de pirâmide financeira no mercado de criptomoedas. Dentre os crimes então apurados, estavam também fraudes praticadas em processo de recuperação judicial das empresas do grupo investigado, tendo sido identificada a manutenção de contabilidade paralela com o auxílio de um empresário de Curitiba com atuação em negócios portuários no Estado do Paraná.
O empresário foi alvo de busca e apreensão no bojo da aludida operação policial e, ao ser interrogado, forneceu elementos que indicavam a existência de esquema voltado à prática de lavagem transnacional de ativos e evasão de divisas que tinham como beneficiário uma pessoa que havia ocupado, no período de 2003 a 2008, a função de superintendente de empresa estatal responsável pela administração dos Portos do Paraná. A análise dos materiais apreendidos na Operação Daemon validou as suspeitas e, após autorização judicial para uso das provas, instaurou-se novo inquérito policial.
Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui.