Polícia descobre fábrica clandestina de óleos para carros no PR

A polícia acredita que a fábrica reutilizava óleos velhos trocados que eram embalados com identificações falsas

por Brayan Valêncio
com informações de Marcelo Borges, da RICtv
Publicado em 4 maio 2024, às 02h37. Atualizado às 06h59.

Três homens foram presos nesta sexta-feira (3) em um barracão que produzia óleos clandestinos para veículos, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Os óleos eram embalados de forma irregular e podem causar prejuízos em carros e motos (Foto: Marcelo Borges/ RICtv)

O local irregular fica localizado no bairro Campo Largo da Roseira, na zona rural do município, e servia como um laboratório para a produção do material irregular. A operação foi descoberta após uma denúncia anônima citar que veículos estranhos circulavam pela região.

Segundo o tenente Bastos, da Polícia Militar do Paraná, a fábrica só foi descoberta porque houve um empenho em atender o chamado dos moradores. “Uma equipe nossa foi acionada via 190 para essa localidade. Isso ocorreu porque houve uma denúncia sobre um caminhão que estava circulando pela redondeza. A gente não localizou o caminhão na primeira tentativa, mas em um segundo momento visualizamos o veículo sendo escoltado por uma motocicleta, o que chamou a atenção da equipe policial”, explica.

O Grupo Ric apurou que assim que a possível escolta foi percebida, ocorreu uma tentativa de abordar o motociclista, mas ele teria fugido do local. Devido a ação suspeita, os policiais decidiram abordar o caminhão. Na revista, foram encontrados recipientes de óleo mineral. Como o motorista não tinha nota fiscal dos produtos, acabou confessando a localização do barracão em que o caminhão tinha sido carregado.

O tenente Bastos reforça que os óleos minerais são de qualidade “muito inferior” aos padrões do mercado e eram vendidos para motoristas de carros e motos. O barracão também era utilizado para rotular os recipientes com uma marca que não existe. “A gente não sabe quais danos estes materiais poderiam causar nos veículos, uma vez que não há especificações corretas nas embalagens”, conclui o tenente.

As autoridades trabalham com a hipótese de que a fábrica reutilizava óleos velhos trocados em postos e que eram guardados em recipientes e embalados com identificações falsas.

Os homens presos foram conduzidos à delegacia e estão à disposição da Justiça.

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