Família e amigos de Ísis protestam em frente ao Fórum: “Não podemos nos calar”
O vigilante e principal suspeito vai prestar depoimento virtual no último dia de audiência sobre o desaparecimento da jovem
A família e amigos de Ísis Victória Miserski realizaram um protesto nesta quinta-feira (24) em frente ao Fórum de Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, no último dia de audiências sobre o desaparecimento da jovem. O vigilante Marcos Wagner de Souza vai prestar depoimento virtual.
Os familiares seguravam faixas e usavam camisetas com a foto de Ísis e pediam por justiça. Nos cartazes estavam escritas frases como “Justiça pela Ísis”, “Família Mizerski estamos com você” e “Tibagi não podemos nos calar”.
Mãe de Ísis fala sobre vigilante
Em entrevista para a RICtv, a mãe de Ísis Victória, Flávia Miserski, disse que não sabe se vai conseguir acompanhar o depoimento de Marcos. Além disso, ela falou sobre olhar para ele pela primeira vez desde que a filha desapareceu.
“Acho que seria muito para mim, pois eu teria que falar alguma coisa”, explicou Flávia.
Ela falou também que esperava que Marcos Wagner mostrasse algum arrependimento e revelou que conseguiu olhar para ele somente por alguns instantes.
“Alguns momentos eu olhei. Queria ver se ainda podia haver algum vestígio de ser humano, que estaria arrependido. Mas vi uma pessoa debochada e convicta que não fez nada, como uma pessoa psicopata que com toda trajetória de crimes nas costas, consegue disfarçar muito bem”, desabafou.
Relembre o Caso Ísis
A adolescente Ísis Victoria Mizerski, de 17 anos, está desaparecida desde o dia 6 de junho de 2024, quando saiu de casa, a princípio, para encontrar um homem. Desde então, as forças policiais estão à procura da adolescente. A polícia acredita que ela foi se encontrar com o vigilante Marcos Wagner de Souza, que está preso.
Marcos teve um relacionamento extraconjugal com Ísis. Ele disse antes de ser preso que a conheceu em uma das festas onde trabalhava. Além disso, confirmou que se encontrou com a jovem para falar sobre gravidez.
Marcos Wagner foi preso temporariamente no dia 17 de junho, quando se apresentou às autoridades. Conforme a Polícia Civil do Paraná (PCPR), com a conclusão do inquérito policial, Marcos foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe, por dissimulação, feminicídio, aborto sem consentimento da gestante e ocultação de cadáver.
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