Familiares das vítimas de desabamento de supermercado protestam no Paraná

Manifestantes cobram providências após a conclusão do inquérito que indiciou responsáveis pela obra. Tragédia em março matou três funcionários e feriu outras 12 pessoas

por Guilherme Fortunato
com informações de Beatriz Frehner, da RICtv
Publicado em 2 out 2024, às 13h18.

Familiares e amigos dos três funcionários que morreram no desabamento de um supermercado, em Pontal do Paraná, no Litoral do estado, protestaram nesta quarta-feira (2) cobrando providências sobre a tragédia que aconteceu em março deste ano

Familiares das vítimas de desabamento de mercado protestam no litoral do Paraná
As três vítimas fatais estavam iniciando o primeiro dia de trabalho no mercado (Foto: Reprodução/redes sociais)

As famílias estavam na frente do mercado onde as vítimas morreram segurando cartazes com o pedido de justiça. 

A Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito e indiciou os proprietários da construtora, do supermercado e da empresa contratada para executar a obra. Eles vão responder por três homicídios culposos e 12 lesões culposas.

Familiares das vítimas de desabamento de mercado protestam no litoral do Paraná
Famílias foram ao supermercado onde aconteceu a tragédia (Foto: Reprodução / RICtv)

Relembre o desabamento de supermercado que matou os funcionários

A tragédia aconteceu no dia 22 de março de 2024. A estrutura de lajes que segurava as cinco caixas d’água cedeu e levou todas ao chão, elas tinham entre 5 mil e 15 mil litros de água cada uma.

Rayssa Batista Santos, de 18 anos, Pryscilla Maris Tascheck Farro, de 36 anos, e Camille Vitória Souza Dias, de 18 anos, morrem e outras 12 ficaram feridas. 

Vídeo mostra momento em que a caixa d’água cedeu no litoral do Paraná:

O teto de um supermercado no Litoral do Paraná cedeu e a caixa d´água caiu sobre diversos clientes no dia da inauguração (Vídeo: Redes Sociais)

Perícia aponta que obra foi executada de forma errada

A perícia da Polícia Científica identificou que a obra foi executada de forma errada e com “gambiarra”. O laudo aponta que faltavam peças estruturais entre vigas e pilares, onde foram colocados madeiras para preencher um espaço vazio. 

Além disso, a questão do cobrimento da laje, do capeamento, com uma especificação menor do que o projeto era para ser de 10 centímetros e variada de 6 a 8 centímetros. 

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