Famílias de vítimas de ataque em escola de Cambé pedem R$ 2 milhões ao Estado

Ação judicial alega que falhas de segurança permitiram o ataque; familiares buscam justiça

Publicado em 15 nov 2024, às 14h39.

As famílias do casal Luan Augusto da Silva e Karoline Verri Alves, que foi assassinado durante um ataque a tiros em uma escola de Cambé, no Norte do Paraná, entraram na Justiça contra o Governo do Estado cobrando indenização de quase R$ 2 milhões. 

Famílias de vítimas de ataque em escola de Cambé pedem R$ 2 milhões ao Estado
Famílias entendem que governo foi negligente na segurança (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Na ação, os advogados das famílias ressaltam que o autor do ataque não teve dificuldades para entrar no colégio com a arma de fogo. Para as famílias, o estado poderia ter impedido o ataque quando tomou conhecimento de outra invasão cometida pelo invasor em uma escola de Rolândia. 

Além dos danos morais, os familiares do casal morto no ataque à escola pedem o valor de R$ R$ 1.969.587,19. O avô de Luan, Miro da Silva, alega que o objetivo não é financeiro. 

“Não estamos preocupados com valores, mas que essa atitude que eles estão tomando com a segurança nas escolas tem que continuar. Que os responsáveis paguem”, desabafou o avô. 

O RIC.com.br tenta contato com o Governo Paraná e aguarda retorno sobre o pedido de indenização das famílias das vítimas. 

Relembre o ataque a escola

No dia 19 de junho de 2023, um ex-aluno foi até a escola e matou uma estudante e deixou outro aluno gravemente ferido. O atirador entrou na instituição fingindo que queria o histórico escolar, enquanto a funcionária procura o documento, ele vai até o banheiro e troca de roupa. Em seguida, ele começa a fazer disparos no corredor da escola.

Logo depois, ele vai até os fundos do colégio, onde encontra Karoline, que é morta com um tiro na cabeça enquanto jogava ping-pong. Em seguida, Luan Augusto também é baleado na cabeça e fica gravemente ferido. O atirador é detido por um professor, a Polícia Militar é acionada e chega ao local rapidamente e encaminha o atirador para a Central de Flagrantes.

Luan Augusto, de 16 anos, morreu no dia seguinte no Hospital Universitário de Londrina. No mesmo dia, o atirador foi encontrado morto em sua cela, na Casa de Custódia de Londrina. A suspeita é de que ele tenha tirado a própria vida. Seis homens foram presos pelo ataque à escola em Cambé.

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