Nova Caledônia: França impõe estado de emergência e proíbe TikTok; entenda

Os protestos contra as mudanças eleitorais na Nova Caledônia estão acontecendo desde segunda-feira (13), o tumulto já deixou quatro pessoas mortas e algumas feridas, com isso, o governo da França decretou estado de emergência na quarta-feira (15).

As medidas de emergência dão às autoridades maiores poderes para enfrentar a situação, entre eles, o poder de detenção domiciliária para pessoas consideradas uma ameaça à ordem pública, a capacidade de realizar buscas, apreender armas e restringir movimentos, com possível pena de prisão para os infratores.

Atualmente, a região tem toque de recolher, proibição de reuniões públicas, as escolas e o aeroporto estão fechados. Além disso, o aplicativo Tiktok foi proibido na Nova Caledónia.

Segundo o Ministério do Interior, a última vez que a França impôs tais medidas num dos seus territórios ultramarinos foi em 1985.

De acordo com o primeiro-ministro Gabriel Attal, nenhuma violência será tolerada e que o estado de emergência “permitirá implementar meios massivos para restaurar a ordem”.

Tumulto na Nova Caledônia: veículos incendiados e lojas saqueadas

Os protestos na Nova Caledônia começaram quando os legisladores franceses aprovaram um projeto de lei que alarga os direitos de voto nas eleições provinciais aos residentes que chegam da França continental. 

Durante a noite de segunda-feira (13), tiros foram disparados contra as forças de segurança, veículos foram incendiados e lojas foram saqueadas.

Segundo as autoridades francesas, mais de 130 pessoas foram presas e mais de 300 ficaram feridas desde que os protestos começaram. 

Por que o Tiktok foi proibido na Nova Caledônia?

De acordo com as autoridades francesas, a rede social TikTok foi proibida para evitar que as pessoas organizem e intensifiquem os atos violentos.

A decisão ocorreu com base em incidentes anteriores que ocorreram na França continental, onde o aplicativo foi usado para fins de incitar violência. Com a proibição do Tiktok, as autoridades acreditam que a onda de violência poderá diminuir.

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