Gaeco desmonta esquema de falsificação que beneficiava presos no Paraná
Grupo falsificava certificados de conclusão de cursos para reduzir a pena de prisão de criminosos condenados
O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio dos Núcleos de Londrina e Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizou nesta terça-feira (10), a Operação Xadrez, voltada a apurar a prática de ilícitos penais de organização criminosa e falsificação de documentos particulares. Conforme as investigações, o grupo produzia certificados falsos de realização de cursos para que criminosos condenados conseguissem reduzir suas penas de prisão.
Ao longo da operação, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão domiciliar, além de sete mandados de busca pessoal, nas cidades de Cambé, Campo Largo, Curitiba, Londrina e Pontal do Paraná.
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Investigação teve início há mais de três anos
As investigações tiveram início em junho de 2021, no Gaeco de Francisco Beltrão, após o recebimento de informações pela 3ª Promotoria de Justiça daquela comarca, que atua na execução penal e constatou possíveis certificados falsos juntados em um processo judicial. A partir de então foi identificado que um grupo criminoso, sediado em Cambé, agia em todo o Paraná fornecendo a presos certificados falsos de cursos nunca realizados. Para isso, os falsificadores utilizavam-se do nome de supostas entidades religiosas e associações diversas, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado do Paraná (Senai), entre outros.
De acordo com o Gaeco, a partir de então as investigações passaram a ser conduzidas pelo Núcleo de Londrina. Esse trabalho culminou no cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta semana. As ordens judiciais foram determinadas pelo Juízo da Vara Criminal de Cambé.
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