Gaeco faz megaoperação contra crimes em presídios no Paraná e Santa Catarina
Série exclusiva revelou homicídios e corrupção ligados a facção criminosa, levando a prisões e 17 mandados cumpridos na Grande Curitiba
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizou uma operação nesta quarta-feira (30), que apura homicídios e corrupção relacionados a um líder de uma facção com atuação no Paraná e Santa Catarina. A operação foi deflagrada após uma série de reportagens exclusivas da RICtv Record, que apurou mortes e crimes em presídios na Grande Curitiba.
Ao todo, três operações simultâneas estão sendo realizadas pelo Gaeco. No total foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e efetuadas duas prisões temporárias, em Curitiba e São José dos Pinhais.
Operação Noturno
A primeira operação realizada pelo Gaeco foi denominada Operação Noturno, que apura um homicídio praticado na Casa de Custódia, em São José dos Pinhais, em outubro de 2022. A reportagem da RICtv mostrou que esse homicídio teria sido ordenado pelas lideranças do grupo criminoso e trouxe que a vítima foi ouvida em uma investigação interna do Depen, que pode ter motivado o crime.
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Conforme o Ministério Público do Paraná, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nos municípios de Curitiba, Matinhos e Pontal do Paraná. Além disso, foram cumpridos dois mandados de prisão temporárias, decretadas pelo prazo de 30 dias.
Operação Pêndulo
A segunda ação foi denominada como Operação Pêndulo, apura o recebimento de vantagens indevidas pelo então chefe do Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) e do então diretor da Cadeia de Custódia de São José dos Pinhais para conceder regalias ao líder do grupo enquanto estava preso no sistema prisional.
A série exibida pela RICtv divulgou um relatório interno do Deppen, de 2022, com detalhes das investigações e também com a possível interferência dos agentes para evitar a transferência desse chefe da facção para um presídio federal.
Operação Dolus
A terceira operação investiga a oferta de vantagem indevida feita pelo líder deste grupo, por meio de advogados, para servidores do Deppen, para escolher em qual unidade prisional seria encaminhado após ter sido preso.
Em um dos episódios da série, o Balanço Geral Curitiba mostrou com exclusividade que alguém usou o nome e o dinheiro do chefe desta facção para chegar ao comando do Deppen. Segundo as investigações, foram os advogados dele. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.
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