Homem morto em confronto em Rio Bonito do Iguaçu era chefe de grupo criminoso
O homem que morreu em um confronto com a polícia em Rio Bonito do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, na manhã de quinta-feira (02), era chefe de um grupo criminoso que praticava extorsões, ameaças e homicídios. A informação é da delegada Anna Karyne, de Cascavel, que conduz o inquérito.
“Era um grupo extremamente perigoso e que gerava uma instabilidade social muito grande; […] Fazia com que a população tivesse muito medo de apontar as condutas criminosas, inclusive quando eram vítimas, com medo de serem alvos de ações ainda mais agressivas por parte desse grupo”,
explicou a delegada.
O chefe do grupo já era conhecido do meio policial. Em 2018, durante uma operação em Quedas do Iguaçu, ele desferiu tiros contra a equipe e chegou a atingir um policial militar. No ano seguinte, ele foi preso por policiais civis em Santa Catarina. Ao deixar a prisão, ele voltou às práticas criminosas.
Conforme a delegada, um dos crimes praticados pelo homem era a extorsão.
“Ele pegava localidades rurais, ia lá e de duas uma: tirava a família a força, expulsava a família de sua própria terra e a tomava para si, ou então cobrava para que a família permanecesse na sua própria casa. Então fazia extorsões de valores bastante significativos, ainda mais para pessoas de poder aquisitivo bastante desprivilegiado. […] Além disso, qualquer pessoa que fizesse ou dissesse algo que não fosse do agrado dele acabava sendo vítima, inclusive de homicídio”,
conta.
Operação
A morte do líder da quadrilha, na quinta-feira (02), ocorreu durante uma operação da Polícia Civil para demsmantelar o grupo criminoso. Ao chegar em uma residência em Rio Bonito do Iguaçu, a equipe foi recebida a tiros pelo suspeito, alvo de um mandado de prisão. No revide, ele foi baleado. O socorro chegou a ser acionado, mas o homem não resistiu e morreu no local. Nenhum policial se feriu durante a ação.
Na operçaão, policiais civis de Laranjeiras do Sul, Cascavel e Pato Branco cumpriram três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão por homicídio.