Homem tenta socorrer criança atropelada e é espancado por moradores
Um homem foi espancado quando tentava ajudar uma adolescente de 12 anos que foi atropelada e sofreu ferimentos graves em em Paranaguá, no litoral do Paraná, na tarde do último domingo (24). (Veja imagens abaixo)
O acidente aconteceu quando a jovem estava voltando do mercado com sua prima de 15 anos. As duas atravessavam pela faixa de pedestre e foram atingidas por um Uno branco, que segundo às vitimas, estava em alta velocidade.
Com a força do impacto, menina mais nova foi lançada para o outro lado da pista. Por sorte, um carro que vinha na direção contrária, freou e não atropelou a jovem, que ficou com a cabeça debaixo do veículo.
“Paramos no meio da faixa para um carro passar e ele estava em alta velocidade. Quando eu percebi que ele iria passar reto e ir diretamente na nossa direção, eu tentei puxar ela, abracei no meu corpo mas não deu tempo e ele jogou o carro em cima, a gente caiu. Quando eu vi ela já estava desmaiada no chão”,
relata a adolescente de 15 anos.
Uma testemunha contou à equipe da RIC Record TV Curitiba que chegou a acreditar que a criança estivesse morta. “Ela praticamente voou e ficou com a cabeça totalmente embaixo do outro carro que vinha na direção contrária. Por muito pouco ele não passa por cima da cabeça dela. A cena foi muito horrível. Eu não cheguei próximo, meu marido que foi dar um suporte, mas quem viu dava ela como morta.”
Ela ainda alega que o motorista do Uno branco tentou fugir do local.
“A pessoa que estava na direção tentou se evadir do local e o carro mesmo em movimento, o carro branco, a gente viu o rapaz meio que caiu da porta da direção. Então com certeza ele iria se evadir do loca”,
contou a testemunha.
Confusão generalizada
Rogério Bello, o homem que aparece sendo agredido, conta que era passageiro do veículo que atropelou as vítimas. Depois do acidente, ele desceu do carro para ajudar a menina e quando retornou para avisar o motorista, Silvenei dos Santos, que ela estava viva, foi agredido por populares da região.
“Eu corri até o carro para avisar meu cunhado que a menina estava viva. No momento que eu cheguei a população começou a me bater. Depois que teve as agressões, um policial conseguiu me colocar no pátio de um colégio e um Guarda Municipal ficou fazendo a minha segurança. O pessoal voltou lá para me ameaçar e dali chegou a polícia e me levou pro UPA pra seu ser medicado porque eu estava sangrando muito, rasgado e com dor”,
relata Rogério Bello.
Rogério foi encaminhado para a delegacia e ficou detido das 19h até 23h no domingo (24).
“A gente saiu de casa pra comprar o remédio dele e durante a trajetória do caminho aconteceu o acidente. Eu não vi a menina e acabou colidindo no carro, ela pegou no retrovisor. Quem que sai de casa na intenção de cometer um acidente, eu não sai com essa intenção, jamais”,
diz Silvenei dos Santos.
O advogado Felipe Strapasson diz que será feito um requerimento de instauração de um inquérito policial apurado e identificado essas pessoas para que elas possam ser responsabilizadas pelas agressões contra Rogério.
A menina de 12 anos está internada no Hospital Regional, com ferimentos graves e sofre com problemas psicológicos causados pelo ocorrido.