Influenciadores suspeitos de rifas ilegais são alvo de operação em três estados

Polícia Civil investiga possível fraude em sorteios realizados por influenciadores digitais; carros e prêmios em dinheiro eram anunciados pelos perfis

por Guilherme Becker
com informações da PCPR
Publicado em 20 ago 2024, às 08h30. Atualizado às 10h42.
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A Polícia Civil do Paraná deflagrou na manhã desta terça-feira (20) uma operação contra influenciadores digitais suspeitos de promover rifas ilegais. A ação conta com apoio das polícias civis de Minhas Gerais e Santa Catarina. Ao todo, foram emitidos seis mandados de busca e apreensão em Rio Branco do Sul (PR), Itapema (SC), Balneário Camboriú (SC) e Belo Horizonte (MG).

Influenciadores são investigados por rifas ilegais
Influenciadores são investigados por rifas ilegais (Foto: PCPR)

“A presente operação busca apurar a contravenção penal de promoção de rifas ilegais, bem como os crimes de lavagem de dinheiro, de associação criminosa e de crime contra a economia popular. Apesar de terem se tornado extremamente populares recentemente, as rifas de veículos e valores em dinheiro só podem ser realizadas se devidamente autorizadas pelo Ministério da Fazenda. Não atendidos tais critérios, são consideradas contravenção penal”, destaca o Delegado da PCPR Gabriel Fontana.

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Além das rifas de veículos, foi apurado também que o grupo realizava sorteios de valores em espécie.

“Nesses sorteios, o comprador ganha um ‘número da sorte’ entre 01 a 9.999.999. Acontece que nos sorteios regulares, baseados na loteria federal, são utilizadas somente 5 dezenas, em composições que variam de 01 a 100.000. Há fortes indícios de que tais sorteios sejam fraudados para que os valores nunca saiam de dentro do grupo criminoso”, completa o Delegado.

A Polícia conseguiu, junto à Justiça, o bloqueio de contas bancárias visando ao sequestro de R$ 25 milhões de reais, que teriam sido levantados pelos investigados no último ano. As contas nas redes sociais e o site em que exploravam os sorteios também foram suspensos, mediante autorização judicial. As investigações prosseguirão com o objetivo de identificar outros envolvidos no branqueamento dos recursos ilícitos.

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