Jair Bolsonaro pede 'pacificação' em nota de repúdio a atentado em Brasília
Ex-presidente afirma que lamenta o ocorrido e prega diálogo entre as diferentes correntes políticas para criar um ambiente de união
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou na manhã desta quinta-feira (14), uma nota de repúdio ao atentado em Brasília (DF). Na noite desta quarta-feira (13), Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu após provocar a explosão de seu carro e lançar bombas contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal (PF) investiga o caso em colaboração com as polícias do DF.
O texto publicado pelo perfil no X (antigo Twitter) do ex-presidente lamenta o ocorrido, tratando-o como “fato isolado” e motivado por “perturbações na saúde mental” do autor do ataque. A nota de Bolsonaro ressalta o “papel fundamental” das instituições políticas e pede por uma “pacificação nacional”.
Ex-presidente defende “construção de diálogo”
“Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente”, diz a nota publicada pelo perfil do ex-presidente. “As instituições têm um papel fundamental na construção desse diálogo e desse ambiente de união.”
Ao portal Metrópoles, Jair Bolsonaro chamou o homem que morreu após explosões na Praça dos Três Poderes de “maluco” e afirmou não ter “a menor ideia” sobre quem era Francisco Luiz, sugerindo que o autor do ataque pudesse ter “deixado algo escrito ou gravado” sobre uma eventual pretensão terrorista.
A hipótese do ex-presidente é confirmada pelas publicações disponíveis nos perfis nas redes sociais de Francisco Luiz. “Pai, Tio França não é terrorista, né? (…) Ele apenas soltou uns foguetinhos para comemorar o dia 13”, diz um texto publicado pelo empresário horas antes de falecer, fazendo referência à data desta terça-feira.
O catarinense de 59 anos era empresário do setor de eventos. Nas eleições de 2020 ele se candidatou a vereador da cidade de Rio do Sul-SC, pelo PL. Partido que hoje abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, na época da candidatura, o PL não contava com Bolsonaro em seus quadros. O ex-presidente só se filiou à sigla de Valdemar Costa Neto em 2021.
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