“Eu não sei como pedir perdão”, diz motorista que matou jovem atropelada durante racha

por Redação RIC.com.br
com reportagem da RIC Record TV, Curitiba
Publicado em 12 mar 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 14h52.

O motorista de 27 anos que atropelou e matou a estudante de arquitetura Caroline Beatriz Olímpio, de 19 anos, na rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, em frente à Universidade Positivo (UP), na Cidade Industrial de Curitiba, foi preso em flagrante na fim da manhã desta quinta-feira (12). 

Enquanto esperava pela chegada dos policiais da Delegacia de Delitos de Trânsito (DEDETRAN), ele conversou com a equipe da RIC Record TV e negou que estivesse praticando um racha no momento do acidente. Visivelmente abalado, o rapaz também declarou que não sabe o que dizer. 

“Não é racha, gente, eu nem conhecia o cara [outro motorista]. Eu não sei como pedir perdão”, disse o jovem identificado apenas como Fernando. 

Embora o suspeito negue que estivesse disputando uma corrida, várias testemunhas afirmam que viram os dois veículos transitando em alta velocidade e fazendo ultrapassagens perigosas

“Eu já estava no sinaleiro a hora que eles passaram, eles estavam ultrapassando, um pela direita, outro pela esquerda, eles estavam emparelhando, os dois carros de vocês não estavam a 80 não, tá querido. Vocês assumiram muito bem o risco na hora que vocês mataram essa menina”, declarou indignada uma condutora que presenciou o atropelamento. 

De acordo com o Edgar Santana, da DEDETRAN, o crime pelo qual o motorista terá que responder ainda será apurado: 

“As informações preliminares apontam que estava ocorrendo um racha, um veículo permaneceu no local, o outro fugiu na sequência. […] Vai ser preso em flagrante delito, o enquadramento legal ainda estamos analisando, precisamos ouvir as testemunhas que presenciaram o fato”, explica. 

Motorista procurado pela polícia 

Assim que ocorreu o atropelamento, Fernando parou no local e esperou para prestar esclarecimentos, já o outro condutor envolvido fugiu. No entanto, testemunhas tiraram uma fotografia da placa do veículo e a polícia tenta localizá-lo. 

“Nossas equipes já estão na rua para encontrar esse elemento e assim que encontrar, ele também será autuado em flagrante delito”, declara o delegado. 

Na pista onde a jovem universitária foi atropelada a velocidade máxima permitida é de 60 Km/h. Após ser atingida pelo veículo, Caroline foi arremessada por cerca de 10 metros de distância. Segundo os socorristas do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), quando a ambulância chegou, ela já estava morta

Conforme conhecidos da vítima, a estudante de arquitetura e urbanismo, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), havia acabado de sair de um condomínio e atravessava a rua para tirar um xerox na UP.