Júri popular de acusado de matar ex a tiros em Fazenda Rio Grande está marcado para esta terça-feira (31)
Está marcado para ser realizado nesta terça-feira (31), o júri popular de Darci da Luz, acusado de matar Thatiane Borges de Oliveira. O julgamento deve acontecer a partir das 9h30, em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. O assassinato foi registrado no dia 30 de abril de 2020, quando a vítima foi atingida por quatro tiros enquanto voltava do trabalho. Na ocasião, o suspeito foi preso em flagrante.
Em entrevista para a RIC Record TV poucos meses após o crime, a família de Thatiane relatou que o casal ficou junto por 11 anos e tinha uma filha, de cinco anos. No entanto, com os ciúmes de Darci, a mulher decidiu se separar e chegou a comentar com a irmã que não aguentava mais a perseguição do ex.
“Estou cansada dele ficar me ameaçando, estou cansada de levar o nome de puta, cansada de me esconder dentro da minha própria casa, tô cansada dele ficar me vigiando”.
disse Tathiane no último áudio enviado à irmã.
Segundo Patrícia de Oliveira, irmã da vítima, o homem controlava até as roupas íntimas que Thatiane utilizava. “Um relacionamento abusivo. Desde o início que ela começou a namorar com ele, que eles começaram a se envolver, ele tinha um ciúme doentio por ela. Ele era uma pessoa extremamente possessiva. E ele queria saber de tudo que ela fazia, ela não podia ter uma amizade com amigas, ele chegou a tratar mal amiga dela. Ele era tão possessivo, que ele sabia, ela tinha trocentas calcinhas, e ele sabia com qual calcinha ela tinha ido trabalhar, aí ele ficava mandando mensagem de madrugada para ela, querendo saber porque ela tinha ido com aquela calcinha”, revelou a irmã.
Durante as investigações, Darci – que é réu confesso – afirmou que matou a ex por ciúmes e que o plano era tirar a própria vida também. O casal estava separado há um ano e cinco meses. Thatiane já havia registrado alguns boletins de ocorrência e tinha duas medidas protetivas contra o homem.
Atualização
Darci está sendo julgado por homicídio triplamente qualificado – com as qualificadoras de motivo torpe (ciúmes e não aceitava o fim do relacionamento), impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio – além de posse de arma de fogo de uso permitido, ameaça e descumprimento de medida protetiva.
Em nota, o advogado da família de Thatiane e Assistente de Acusação no processo, Dr. Ygor Nasser Salah Salmen, disse que “em nome dos familiares e de todas as vítimas de crimes, em especial daquelas envolvendo violência doméstica, espera a condenação do réu por todos os crimes cometidos, principalmente diante do descaso, em plena modernidade, de alguns homens com as mulheres”.
