Justiça bloqueia bens avaliados em cerca de R$ 352 mil de sete réus investigados por fraude em licitações

por Ana Clara Marçal
com supervisão de Caroline Berticelli
Publicado em 12 ago 2021, às 17h05.

Sete réus investigados pelo Ministério Público do Paraná (MP/PR) por fraudarem licitações, em 2013, em Arapongas, no norte do Paraná, tiverem seus bens bloqueados. O montante total é de R$ 352.732,48. A medida foi determinada pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Arapongas.

Operação Casa de Papel

A investigação do MP/PR faz parte da Operação Casa de Papel, deflagrada em 2020, para verificar possíveis práticas envolvendo crimes contra a administração pública, como fraudes a licitação, dispensa indevida de licitação, falsidade ideológica e peculato.

Investigações do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) apontam para a existência de uma organização criminosa especializada na obtenção de vantagens econômicas através da fraude de licitações em municípios do Paraná.

Segundo informações do MP/PR, os réus teriam o apoio de “empresas de fachada ligadas por sócios com vínculos familiares e por laços de amizade ou compromisso de reciprocidade, criadas com o exclusivo fim de possibilitar a prática dos crimes”.

O caso que originou a operação foi uma possível fraude, ocorrida em 2013, em Arapongas. O grupo prestava serviços especializados de encaminhamento de documentos, ofícios, petições e requerimentos e de recepção e translado de servidores e autoridades municipais.

O MPPR julgou essas atividades como irregulares e com a finalidade de desvio de dinheiro público, considerando que fazem parte do funcionamento da administração pública e não requerem licitação.

Devido ao tempo desta licitação, não há a possibilidade de aplicação de sanções previstas na Lei de Improbidade. Levando em conta a prescrição, o MP/PR determina o ressarcimento total dos danos, avaliados em R$ 352.732,48.