Perito diz que lei contra violência doméstica serve para "humilhar os homens”

As falas do perito causaram revolta e entidades emitiram nota de repúdio. Veja abaixo o vídeo do médico falando sobre violência doméstica

Publicado em 21 out 2024, às 18h17.

Um perito da Polícia Científica do Paraná (PCP) teve um vídeo publicado nas redes sociais e as falas do médico legista têm causado polêmica. O homem, que não se identifica pelo nome, fala sobre casos de violência doméstica e afirma que a mulher é inimiga do homem: “Sua mulher é seu inimigo, ela pode destruir você”, disse.

Perito diz que lei contra violência doméstica serve para "humilhar os homens”
As falas do perito causaram revolta (Vídeo: Reprodução)

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Além disso, o perito fala que “para cada caso verdadeiro [de violência contra mulher], tem dezenas de acusações falsas”, o motivo dessas acusações, segundo ele, seriam “vingança”, “vantagens patrimoniais” e “para alienação parental”.

Por fim, o médico legista afirma que a lei contra violência doméstica “é uma engenharia social maligna, não é uma lei pra proteger ninguém, é para humilhar, espezinhar os homens, pra inviabilizar as famílias e para fazer as crianças crescerem em lares desfeitos”, finalizou.

Veja ao vídeo do perito

Momento em que o médico legista fala sobre violência doméstica (Vídeo: reprodução)

Entidades repudiam falas de perito sobre violência doméstica

As falas causaram polêmica e o Grupo Perícia Mulheres, composto por servidoras públicas da Polícia Científica do Paraná e o Sindicato dos Peritos Oficiais e Auxiliares da Polícia Científica do Paraná (SINPOAPAR), publicaram uma nota de repúdio e afirmaram que “essa conduta representa uma grave afronta a todas as mulheres, cujos direitos devem ser garantidos e protegidos de forma incondicional pelo Estado”. (Veja abaixo a nota na íntegra)

Perito diz que lei contra violência doméstica serve para "humilhar os homens”
Nota de repúdio contra falas de perito sobre violência doméstica (Foto: Divulgação/Grupo Perícia Mulheres e do SINPOAPAR)

A Polícia Científica do Paraná também emitiu uma nota e afirmou que a Corregedoria da Polícia Científica do Paraná está adotando as medidas cabíveis para apurar a conduta do servidor. Além disso, “mantém contato com a Corregedoria da Polícia Científica de Santa Catarina a fim de compartilhar informações e assegurar a celeridade da apuração ético-disciplinar”, diz a nota.

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