Londrina registra uma média de 22 furtos e 4 roubos por dia: “a sensação realmente é medo”
Dados concedidos pela Secretaria de Segurança à RIC Record TV Londrina mostram a criminalidade e os bairros mais perigosos da cidade do norte do Paraná. Entre janeiro e agosto deste ano (2021), foram registradas 6.548 ocorrências, sendo 5.474 de furtos e 1.074 de roubos.
“Se antes eu já sentia medo, hoje, agora, eu sinto até mais. Além de ser um furto ou que possa acontecer alguma coisa mais difícil, mais doído para a gente. Mas a sensação realmente é medo.”
lamenta uma comerciante do município, que preferiu não se identificar, vítima da criminalidade.
A região central de Londrina é onde estão concentrados os maiores casos de criminalidade. Até setembro, foram 815 furtos e 147 roubos. O centro histórico é onde ficam muitos dos prédios antigos, comércios de rua e lojas da cidade, além de ter grande circulação de pedestres, principais alvos dos bandidos.
“Uma região bastante abrangente, acabam sendo, sim, os comércios nessa incidência de crimes da região central e, por vezes, veículos estacionados que, às vezes, estão com objetos de valor à mostra, os indivíduos acabam se valendo de algum espaço de oportunidade e cometendo crimes contra esse bem.”
explica o Tenente da Polícia Militar (PM), Felipe Ciniciato.
O segundo lugar dos bairros mais violentos de Londrina fica com o Cinco Conjuntos, na zona norte, formado pelos bairros Aquiles Stenghel, João Paz, Semiramis, Luís de Sá e Sebastião de Melo César. Ao todo, foram registrados, até setembro deste ano, 269 furtos e 71 roubos. A terceira posição também está na zona norte, no bairro Vivi Xavier, com 194 furtos e 32 roubos.
A Vila Casoni e o Parque Guanabara também têm registrado números altos de criminalidade: no primeiro, foram 167 furtos e 51 roubos; já no segundo, foram 204 furtos e 13 roubos. A polícia acredita que grande quantidade desses casos estão relacionados ao uso de drogas.
“É uma relação intrínseca, né, ali próximo de regiões onde há o tráfico de drogas, em especial, do crack, e pessoas em situação de rua que são, muitas vezes, dependentes químicas e valem-se desse momento não só para pedir esmola pro cidadão que está na região mas também pro cometimento de pequenos delitos, levam produtos de farmácias, produtos alimentícios que, por vezes, são trocados por pedras de crack […] já em relação a furtos em residências, por vezes, o criminoso chega com o carro para tentar levar o maior número possível de bens em locais que, ao contrário, no momento comercial e que há pouco fluxo de pessoas na via. Então a diferença acaba sendo basicamente essa: um, nos bairros, acaba se valendo pelo menor número de pessoas na rua, e na região central, o criminoso se vale do maior fluxo de pessoas.”
comenta o Tenente Felipe Ciniciato.