Lúcifer: quem é o serial killer considerado o 'terror' das prisões brasileiras

O homem já confessou o assassinato de 50 detentos dentro de presídios e ficou conhecido por matar as vítimas degoladas e tirar as vísceras do corpo

por Eduardo Teixeira
com informações do portais UOL e Metrópoles
Publicado em 5 set 2024, às 11h46.

O detento Marcos Paulo da Silva, conhecido pelo vulgo “Lúcifer”, chamou atenção recentemente como uma das figuras mais temidas do sistema prisional brasileiro. O homem de 46 anos, é diagnosticado com psicose e transtorno de personalidade antissocial.

Lúcifer: quem é o serial killer considerado o 'terror' das prisões brasileiras
Atualmente, o Lúcifer é transferido de unidade frequentemente como medida de segurança. (Foto: Reprodução/ND Mais)

Lúcifer ganhou o apelido após frequentar uma seita e tatuar no corpo “Lúcifer meu protetor” e outras imagens como tridentes, demônios, caveiras e a suástica, símbolo nazista. Atualmente, o detento vive isolado em uma cela na Penitenciária 1 Presidente Venceslau (SP).

Marcos Paulo já confessou ser o autor de 50 assassinatos dentro de presídios de São Paulo. As vítimas seriam sempre integrantes de facções. O serial killer acumula 217 anos e três meses de prisão.

Lúcifer: primeira prisão e guerra contra o PCC

Lúcifer foi preso pela primeira vez em 1995, aos 18 anos, pelos crimes de furto e roubo e logo se tornou um membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Um ano depois, o jovem já era considerado uma figura importante da facção dentro o sistema carcerário. Foi nessa época, em que ele teria ganhado o apelido devido às tatuagens. 

Em 2013, Lúcifer rompeu com o PCC, o que teria iniciado uma onda de mortes dentro da prisão. Conforme o portal UOL, Marcos alega que se revoltou contra a organização com a justificativa de que o grupo só visava o dinheiro, ao invés da luta pela população carcerária.

Na sequência, Lúcifer criou a facção “Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho” e definiu o PCC como alvo. O nome dado faz menção ao uso de uma linha revestida com cola e vidro, utilizada para matar e degolar os rivais.

Bonde do Cerol Fininho

Após os crimes, a facção ainda retirava as vísceras das vítimas e escrevia “Cerol Fininho” nas paredes das celas com uso do sangue. O caso que mais chamou atenção foi a morte de 5 detentos na Penitenciária de Serra Azul, em 2011, todos da mesma maneira.

Em 2024, quando estava preso na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), Lúcifer foi questionado pelo juiz se não sentia falta da liberdade, durante uma audiência por videoconferência repercutida pelo portal Metrópoles.

Como resposta, o serial killer revelou que estava “fisicamente preso, mas espiritualmente livre”. “A liberdade não é só física. Espiritual e psicologicamente eu estou liberto”, disse o homem.

Marcos Paulo, que entrou no sistema prisional por roubo e furto, viu a pena aumentar devido aos crimes cometidos dentro da prisão. Atualmente, o Lúcifer é transferido de unidade frequentemente como medida de segurança.

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