Mãe e filha sofrem racismo em casa e acusam vizinho de perseguição em Londrina
Mãe e filha acusam o vizinho de perseguição e racismo, em Londrina, no Norte do Paraná. Em entrevista para a RICtv nesta segunda-feira (24), a vítima contou que as agressões verbais acontecem há pelo menos dois anos.
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Maria Regina é autônoma e relata que já foi chamada pelo vizinho de “macaca” e pendurou bilhetes com frases preconceituosas em sua casa.
A vítima precisou instalar câmeras de segurança em casa para se proteger do vizinho. Em um dos episódios de racismo, ele colocou um bilhete escrito “Hoje temos banana, 9,99 kg”, no varal de sua casa.
Em outra ocasião, ele simulou gestos de macaco para sua filha de 10 anos, de acordo com a vítima. Além disso, também envenenou as plantas que ficavam na fachada da casa da vítima, que registrou o fato.
A autônoma conta que ao levar sua filha no colégio, é perseguida pelo homem, todos os dias. Ele fica uma rua abaixo da escola, observando a movimentação, até a criança entrar no local. Em seguida, vai embora.”Todo dia sofremos racismo”, afirma Márcia Regina Gomes
O homem já responde por injúria racial em um processo judicial, mas continua em liberdade e cometendo os ataques racistas, conta Márcia. Uma sessão de conciliação chegou a ser marcada, mas não pode ser realizada, porque ele fez outros ataques contra a vítima dias antes do evento.
“Se estamos em 2022 e acontece tudo isso, vai acontecer daqui 10, 12, 15 anos”
expõe a vítima.
Veja registros dos casos de racismo:
Não é um caso isolado
Nesta terça-feira (23), uma mulher denunciou ter sofrido racismo enquanto esperava uma consulta, também em Londrina, no Norte do Paraná. A vítima alega ter sido chamada de “mandioca preta”, por uma idosa, que tentou impedi-la de entrar na clínica.
A idosa é acusada também de ainda ter falado “eu não gosto de preto”. Como reação, a vítima deu um tapa no rosto da idosa. A Polícia Militar (PM) foi acionada no local e ouviu os envolvidos.
A autora da denúncia foi indiciada por agressão. A irmã da idosa afirmou que ela sofre de Alzheimer e “não responde por suas faculdades mentais”. Em seguida, todos foram liberados, afirma a PM.