Médica é agredida por familiar de paciente na UPA Pinheirinho, em Curitiba
Uma médica foi agredida por volta das 5h30 deste domingo (30) enquanto trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pinheirinho, em Curitiba. A profissional foi xingada e agredida por uma mulher após ela orientar a suspeita a aguardar o atendimento do familiar – que estava sendo examinado – na sala de espera.
De acordo com a Prefeitura de Curitiba, a orientação é um protocolo adotado nas unidades por questões sanitárias, como medida para diminuir o risco de contágio de doenças por causa da Covid-19. A médica, a mulher e uma testemunha foram conduzidas pela Guarda Municipal até a Central de Flagrantes da Polícia Civil.
O RIC Mais entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil para verificar se a mulher foi presa ou liberada, e aguarda retorno.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde lamentou o ocorrido e que os profissionais de saúde, mesmo trabalhando incansavelmente durante todo o período delicado de pandemia que vivemos, sejam alvo de agressões e atacados pela população. A SMS de Curitiba também pediu apoio da Guarda Municipal para reforçar a segurança nas UPAs.
Veja a nota na íntegra:
“A Secretaria Municipal da Saúde lamenta profundamente, que neste momento atual da pandemia, após trabalhar incansavelmente durante todo esse período, os profissionais de saúde estejam sendo atacados e sendo vítimas de agressão, por parte da população.
Por volta das 5h30 deste domingo (30/1), guardas municipais de serviço prestaram apoio a uma médica agredida verbal e fisicamente por uma mulher na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pinheirinho. Junto com uma testemunha, as duas foram conduzidas pela equipe da GM até a Central de Flagrantes da Polícia Civil. A profissional foi agredida no exercício de sua função, sem nada que houvesse justificativa para tamanha violência.
A agressão ocorreu após ela orientar a familiar do paciente a aguardar na sala de espera enquanto o paciente era atendido, seguindo o protocolo adotado por questões sanitárias, durante a pandemia.
A Secretaria Muncipal da Saúde solicitou reforço da Guarda Municipal nas UPAs. Além disso, faz um apelo à população para que respeite os profissionais que trabalham no enfrentamento dessa grave crise.”
Nota do CRM-PR
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) também se pronunciou sobre o ocorrido. Em nota, o CRM-PR afirmou repudiar “qualquer tipo de violência, contra qualquer pessoa”:
“Atentar contra um médico no exercício da sua atividade, que é justamente a de preservar a vida e a saúde, prejudica não somente o profissional, seja física ou mentalmente, mas todos que dele dependem”,
publicou o CRM-PR.
Atualização
Conforme informações da Polícia Civil, a princípio, a médica não representou contra a mulher.