Médica rapta recém-nascida em hospital alegando surto psicótico

De acordo com a defesa da médica, o rapto da recém-nascida aconteceu durante um surto psicótico da suspeita

por Mariana Gomes
com informações do Estadão Conteúdo e supervisão de Scheila Pessoa
Publicado em 25 jul 2024, às 21h52.

Na última quarta-feira (24), a médica Claudia Soares Alves tentou raptar uma recém-nascida em um hospital de Uberlândia, em Minas Gerais. Ela foi detida, nesta quinta-feira (25), logo que chegou em casa na cidade de Itumbiara, em Goiás.

Médica rapta recém-nascida em hospital alegando surto psicótico
A médica conseguiu entrar na maternidade com um crachá autorizado (Foto: Ilustração/Pixabay)

A princípio, a bebê estava na maternidade junto dos pais quando foi raptada. A médica entrou no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) com um crachá e se apresentou ao casal como pediatra. Em seguida, ela disse que levaria a recém-nascida para se alimentar, mas fugiu com ela escondida em uma mochila.

A bebê já foi devolvida aos pais. De acordo com o delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, Marcos Tadeu de Brito Brandão, o próximo passo é investigar todas as circunstâncias do crime. “Em Minas Gerais, esta mulher não possui antecedentes criminais. Mas é importante verificar tudo que ocorreu e trabalhar para que este mesmo fato não se repita”, afirmou.

Médica que raptou recém-nascida alegou surto psicótico

De acordo com investigações da Polícia Civil, o crime teria sido premeditado. Após investigações, foi descoberto que uma grande quantidade de enxoval próprio para bebê menina, com peças novas, foi encontrado no veículo da médica. 

Médica rapta recém-nascida em hospital alegando surto psicótico
O caso aconteceu no Hospital de Clínicas da UFU (Foto: Divulgação/HC-UFU)

Contudo, durante a audiência de custódia que aconteceu na manhã desta quinta-feira (25), a defesa da médica afirma que ela possui transtorno afetivo bipolar. “No momento dos fato, ela se encontrava em crise psicótica, não tendo capacidade de discernir a natureza inadequada e/ou ilícita de suas atitudes”, afirmou o advogado de defesa Vladimir Rezende.

Por fim, o delegado Brandão afirmou que será investigado se houve alguma falha no sistema de segurança do hospital. Em abril de 2024, a médica tomou posse como professora titular da Faculdade de Medicina da UFU, justificando o crachá. Procurada, a instituição disse que iniciou apuração interna para esclarecer as circunstâncias do ocorrido e eventuais responsabilidades. 

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