Médico morto em 2016 pode ter sido mais uma vítima do serial killer

por Guilherme Barchik
Com informações de Nader Khalil, da RIC Record TV Curitiba
Publicado em 31 maio 2021, às 15h46. Atualizado às 16h06.

A vítima, Sergio Roberto Savitski de 58 anos, foi encontrada morta no apartamento em que residia no bairro Bigorrilho, área nobre da capital paranaense. O caso aconteceu em agosto de 2016. A autor do crime asfixiou e matou o médico.

As investigações da Polícia levaram a um suspeito depois que câmeras de monitoramento flagraram a chegada e saída de um homem do apartamento no dia do crime. O autor do crime fugiu com o carro da vítima e roubando alguns pertences.

Um suspeito chegou a ficar detido durante cinco meses. Depois de um longo processo judicial ficou provado a inocência do acusado. O laudo pericial apontou que a altura do suspeito preso na época era incompatível com a altura do autor do crime. A altura é compatível com o serial killer preso no último sábado (29).

“Wellington tem um 1,88. Se constatou que aquela pessoa que estava na portaria, aquela pessoa que subiu no elevador, aquela pessoa que matou o médico, aquela pessoa que desceu do elevador e pegou o carro não tinha a altura do Wellington.”

afirmou Claudio Dalledone, advogado de defesa de Wellington

Veja também: Assista o depoimento do serial killer

Agora, cinco anos depois, o mesmo advogado, Claudio Dalledone, questiona se o homem preso no último sábado (29), acusado de ser um serial killer pode também ser o responsável pela morte do médico Sergio Roberto Savitski.

“Existem semelhanças incontornáveis nos casos. Você tem primeiro lugar um crime de ódio. Ódio contra homossexuais. Em segundo lugar a altura é muito compatível. Nós temos aí também a fuga com o carro da vítima.”

relatou Daledone, ao Balanço Geral Curitiba.

Além do que o advogado Claudio Dalledone aponta sobre as semelhanças entre os crimes praticados por José Tiago Correia Soroka, a equipe do Balanço Geral Curitiba descobriu outro fato que pode ligar Soroka a morte do médico Sergio Roberto Savitski.

Veja também: Assista o vídeo da prisão de Soroka

A Polícia busca confirmar quem era a pessoa que o serial killer se relacionava na época em que o médico foi morto. Segundo informações da RIC Record TV, na época Soroka estava em um relacionamento com outro homem que trabalha no mesmo hospital que a vítima Sergio Savitski.

“Eu creio que a polícia irá encontrar, sem sombra de dúvidas, elementos que liguem Tiago Soroka a morte, crime de ódio, contra do Dr. Sérgio”

afirmou o delegado Claudio Dalledone.

Em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, a delegada da DHPP que investiga o caso, Camila Cecconello, contou sobre a semelhança dos casos.

“Existem grandes coincidências nesses casos. O modo como esse assassino do Dr. Sergio entra no apartamento, escolhe um apartamento, escolha uma vítima que morava sozinha, depois sai do apartamento com uma mochila, o jeito de andar. Essa pessoa que acabou assassinando o Dr. Sérgio é um pouco mais forte do que José Tiago, porém, consegui fotos do José Tiago em 2016 que mostra que ele estava forte, estava com o físico muito semelhante ou dessa pessoa que entra no apartamento.”

afirmou a delegada Camila Cecconello, da DHPP.

O Inquérito está sobre investigação da Delegacias de Furtos e roubo. Na época a morte de Sergio Savitski foi considerada um latrocínio. A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa busca levantar mais informações para verificar se a morte de Sergio Roberto Savitski foi realizada pelo serial killer José Tiago Correia Soroka.

O advogado de defesa de José Tiago Correia Soroka ficou de emitir nota ao RIC Mais, mas até a publicação da matéria não enviou.

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