Membro de quadrilha que tentou assaltar bancos em Três Barras do PR gravou vídeo enquanto estava foragido
Assaltantes de uma quadrilha fortemente armada que tentou roubar duas agências bancárias no Centro de Três Barras do Paraná, no oeste do Estado, na madrugada de quinta-feira (4), foram identificados nesta sexta-feira (5). O núcleo do grupo era formado por criminosos de Cascavel, também no oeste.
Um dos membros da quadrilha, um rapaz de 23 anos, passou cerca de 20h escondido na mata após o confronto. Ele foi preso pela polícia depois de pedir ajuda em uma construção.
Em um vídeo, gravado pelo próprio assaltante, ele afirma que havia sido baleado na nuca e no ombro e ainda relata que não possuía mais armas. Além disso, ele fala, em tom de despedida, que se alguém chegasse a ver o vídeo, era para ficar sabendo que ele foi morto “na covardia” pelos policiais.
Assista:
De acordo com o coronel Sérgio Teixeira, o vídeo ajudou as equipes policiais a encontrarem o criminoso.
“Esse vídeo motivou ainda mais os policiais a persistirem na busca, foi o que fez a gente não desistir de procurar naquele local e ter êxito na captura”,
explica o coronel.
Outro suspeito, um rapaz que saltou do carro antes do veículo explodir com outros envolvidos no crime, continua foragido. Ele está sendo procurado em toda a região pela Polícia Militar.
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Já os seis assaltantes que foram mortos durante o confronto foram identificados. Todos eles tinham idades entre 18 e 37 anos e também já tinham passagens pela polícia, sendo que um deles apresentava mais de 30 anos de condenações. De acordo com os investigadores, o núcleo do grupo funcionava em Cascavel, o líder da quadrilha também era cascavelense e contava com o apoio de criminosos de Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, Campo Mourão, no noroeste do estado, e Colorado, no norte do Paraná.
Além disso, conforme as apurações, nos últimos meses a quadrilha já havia realizado pelo menos cinco assaltos em agências bancárias de cidades pequenas do estado. As ações já foram realizadas em Campo Bonito, Mariluz e São Carlos do Ivaí. Há dois meses eles já estudavam as regiões de Guarapuava e Três Barras do Paraná.
A Polícia Militar conseguiu chegar até o grupo após um trabalho intenso de inteligência, que monitorava os passos dos criminosos por meio de ligações telefônicas e mensagens de celular.
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A quadrilha conhecida por praticar o “Novo Cangaço” também já estava sendo observada pela Polícia Federal, os assaltantes estavam à serviço de uma facção criminosa que atua dentro dos presídios brasileiros.
“As facções criminosas, todas, mesmo as cariocas e as paulistas, elas têm origem, os seus fundadores e seus cérebros, são oriundos do roubo a bancos. A atividade de tráfico é uma atividade secundária para ganhar dinheiro, mas o principal negócio deles é roubo a banco”,
explica o delegado da Polícia Federal Marco Smith.