Menor que matou colega de bebedeira em Tunas do Paraná diz que foi legítima defesa
O adolescente de 15 anos que foi apreendido no último domingo (20), suspeito de esfaquear e matar um homem de 43 anos, em Tunas do Paraná, no Vale do Ribeira, afirma que agiu em legítima defesa para se defender de um abuso sexual. O crime ocorreu após uma noite de bebedeira na casa da vítima, identificada como Arildo Gonçalves dos Santos, que tinha mandado de prisão em aberto e já havia cumprido pena por homicídio.
Sobre a motivação, o jovem, que confessou o crime, foi bastante direto em depoimento ao delegado Bradock, que investiga o caso:
“Porque ele estava querendo me c*”,
resume
A versão do jovem será investigada pelo delegado, que no entanto ressalta que não existe nenhuma testemunha que possa atestar o que realmente ocorreu na noite do crime.
“Segundo o menor, ele (o homem) tentou abusar do menor. E o menor, em um ímpeto de reação não ia deixar que isso acontecesse, é lógico que não, né. Acho que nesse caso aí houve quase que uma legítima defesa. Mas É difícil dizer porque é a palavra dele só. Agora nos autos vai ficar provado se houve isso realmente ou se não houve. Se houve isso foi legítima defesa. Se não houve, aí é outra história”, explica Bradock.
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Independente das circunstâncias do crime, o que chama a atenção do delegado é a frieza demonstrada pelo adolescente após o fato.
“Ele começou a falar abobrinha lá e eu meti a faca. Cortei e mandei embora. Fui pra minha casa dormir”,
disse o jovem, em meio a risos, à equipe da RICtv que conversou com ele na delegacia
Além de não mostrar nenhum arrependimento, o jovem também faz pouco caso sobre o tempo em que poderá ficar recolhido em uma instituição de ressocialização.
“Uma hora a gente sai né. Toda ‘cadeia” não é eterna”, troça o adolescente.
Diante disso, o delegado Bradock destaca a importância do jovem seguir apreendido para que novos crimes não ocorram.
“Daqui há cinco dias ele tem que ser conduzido a um lugar de possível ressocialização. Se não tiver vaga, ele vai para tua. Aí pode ser que acelere o movimento dele de cometer um novo crime ou cometerem um crime contra ele também. Ele também pode ser vítima “, afirma o delegado.