Moniely Santana: suspeito ainda não foi encontrado e polícia não sabe motivação

Até o momento, somente suposições e dúvidas sobre o caso. O pai de Moniely Santana ainda não foi ouvido pela polícia

por Scheila Pessoa
com informações de Leonardo Gomes, da RICtv Curitiba
Publicado em 30 jul 2024, às 21h09.
POST 6 DE 19

A Polícia Civil de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, ainda não sabe qual a motivação por trás da morte da adolescente Moniely Santana, de 13 anos, que aconteceu no último sábado (27). A menina foi encontrada degolada dentro da própria casa por uma vizinha, que estranhou a  movimentação no local. 

Mistério sobre a autoria do assassinato de Moniely Santana
A polícia já ouviu seis testemunhas, mas ainda falta a principal, o pai de Moniely Santana (Foto: Montagem/Divulgação)

A princípio, a polícia tem um único suspeito até o momento, que seria um amigo misterioso que o pai de Moniely convidou para o churrasco, mas esse homem ainda não foi encontrado.

Altair Alves, responsável pela segurança do condomínio que tem 180 casas, foi um dos primeiros a ver o corpo da menina. “A hora que ligaram para o monitoramento falaram que mataram uma menina na casa. A gente veio e o pai já relatou que o rapaz que estava aqui matou a menina e fugiu. Em seguida, a gente olhou nas imagens e ele  tinha pegado o carro dele e saiu de dentro da casa mesmo”, concluiu. 

Nas informações iniciais, dadas pelo próprio pai da menina, ele disse que conheceu o suspeito em uma distribuidora de bebidas e o convidou para ir até sua casa para um churrasco. 

No entanto, um vizinho de Moniely, que também foi ao churrasco na companhia da mulher e de dois filhos, conversou com uma equipe da RICtv. Porém, ele não quis se identificar nem gravar entrevista. Na conversa com a reportagem da emissora, o homem disse que o pai da adolescente apresentou o suspeito como um amigo do trabalho. Ambos são caminhoneiros e já teriam se cruzado em viagens no passado. Além disso, o vizinho contou que correu tudo bem durante o churrasco na casa do pai de Moniely e que não houve nenhuma briga ou discussão.  

Contudo, essa informação é diferente da versão apresentada por outras pessoas que foram ouvidas na delegacia. Conforme o delegado que cuida da investigação, Paulo César, houve uma briga entre Moniely e o pai. Em seguida, o amigo misterioso foi defender o pai.

“Segundo a nossa investigação, que ainda caminha, teria sido uma discussão anterior ao próprio crime envolvendo a vítima e o seu genitor. Da qual o autor teria tomado as dores, vamos assim dizer, do pai da vítima”, disse o delegado. 

De acordo com a polícia, violência sexual está descartada até o momento. 

Na delegacia de Fazenda Rio Grande, seis pessoas já foram ouvidas. Entre elas está a mulher do suspeito, que disse que o marido não conhecia o pai de Moniely,  “pelo relato da esposa, ele retornou para casa, mas ele já teria uma proposta de emprego em São Paulo. Foi isso que a mulher do suposto autor teria relatado. E, em razão disso, ele já teria arrumado as coisas e partido”, contou o delegado.

Paulo César disse que, ainda esta semana, o pai de Moniely será ouvido na delegacia, para contar sua versão dos fatos ocorridos no dia do crime. Ele é uma testemunha fundamental para desvendar, “essa semana, muito provavelmente, a gente vai ouvi-lo ainda, para ver a versão do pai da vítima e confrontar com todos os elementos que nós já trouxemos”, finalizou.

Polícia ainda não tem informações sobre a vida familiar da menina

Há informações de que a relação entre pai e filha seria boa, sem histórico de maus-tratos ou violência. Entretanto, os dois moravam no condomínio há três meses, de acordo com os vizinhos.

Também não há informações sobre a guarda da menina. A princípio, Moniely morava com o pai, em Fazenda Rio Grande, e a mãe em Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais do Paraná. Local onde a adolescente foi sepultada e enterrada na segunda-feira (29).

Portanto, o crime ainda é um mistério para a própria Polícia Civil, que depende do depoimento do pai da menina, para avançar e chegar a um desfecho, com a prisão do autor do homicídio.

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