Moringão solicita vigias, mas Guarda Municipal nega por falta de efetivo
O Ginásio Moringão passa por uma reforma na cobertura e nas instalações elétricas, o que levou a direção da FEL (Fundação de Esportes de Londrina) a solicitar, oficialmente, reforço na segurança do prédio público, função da Guarda Municipal. O pedido foi feito no final de outubro por causa do furtos de fiações em 2022, mas a resposta negativa chegou apenas no dia 10 de janeiro.
De acordo com o documento assinado pelo presidente da FEL, Marcelo Oguido, e pelo diretor da fundação Gustavo Richa, pelo menos dois guardas municipais foram solicitados “simultâneos em vigília nos domínios do Ginásio Moringão”.
No pedido, a diretoria questiona a eficácia do sistema de vigilância eletrônico, que na avaliação da FEL, “minimiza as perdas”, mas não impede os furtos no comércio de maneira geral. “O sistema de vigilância pautado totalmente na defesa proporcionada por câmeras de segurança seria insuficiente à defesa do estádio e dos bens armazenados de modo preventivo”, afirma a fundação.
O despacho administrativo ainda lembra que a “obstrução de redes elétricas, degradação de portões, entre outros prejuízos” não seriam impedidos pelas câmeras, já que a Guarda Municipal chegaria ao local após os danos causados ao patrimônio público.
A resposta, assinada no dia 10 de janeiro pelo secretário de Defesa Social, Pedro Ramos, justifica que a presença de guardas municipais na vigilância do ginásio não é possível por conta do número do efetivo da GM e a quantidade de prédios públicos para atendimento.
“Neste sentido, cabe frisar que o atual efetivo da Guarda Municipal é 303 agentes, ou seja, ainda que houvesse vontade de alocar um agente por prédio público em horário de expediente administrativo (09h00 às 18:00, de segunda a sexta-feira), não seria possível, haja vista que restariam 25 dos 328 prédios sem cobertura, além dos demais 130 próprios não edificados”, afirma Ramos no documento. Ainda de acordo com ele, a Guarda Municipal também faz ações de fiscalização municipal e presta apoio aos órgãos municipais e de segurança.
Sobre o sistema de vigilância, o secretário municipal discorda da análise da FEL e cobra que PSI (Plano de Segurança das Instalações) seja executado pela fundação, conforme a recomendação da Defesa Social.
“Dentre as diversas formas da Guarda Municipal exercer seu mister está a segurança eletrônica que diferentemente da opinião dessa FEL tem apresentado resultados práticos muito positivos em outros próprios públicos, a exemplo das escolas municipais, desde que implementados com as diretrizes apontadas”, respondeu.
Procurado pela reportagem, o secretário Pedro Ramos não atendeu as ligações para comentar o caso, mas o Município esclareceu que o sistema de vigilância eletrônico não está em funcionamento no Moringão por causa da reforma.