Mulher desaparecida publicou que estava sendo hackeada por 'alguém obcecado'

Recentemente, um post de Maria de Lurdes Bandeira, de 50 anos, desaparecida desde a manhã de sexta-feira (27) em Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, levantou suspeitas do que possa ter acontecido com ela nesses últimos dias. De acordo com uma publicação feita em sua rede social, no dia 3 de junho, os dispositivos eletrônicos usados por ela pareciam ter “vida própria”, já que estavam excluindo automaticamente muitos de seus dados.

Ainda na publicação, Maria de Lurdes ironizou que quem estivesse a hackeando não era por dinheiro, já que não era nenhuma milionária, e nem era por algo que Maria escondesse. Segundo ela, devia ser alguém muito próximo que ainda estava obcecado “por sua pessoa”.

“Além do que, não deve bater bem da cachola! Porque já está ficando apelativo tudo isso… Enfim, entendedores entenderão”

finalizou Maria de Lurdes.

Veículo incendiado

Na noite da última sexta-feira (27), o veículo de Maria de Lurdes foi encontrado carbonizado pela Polícia Militar, no bairro Antinha, em Bocaiúva do Sul. De acordo com a PM, a equipe encontrou um corpo dentro do automóvel, entretanto, devido ao grau de queimaduras, não foi possível identificar se era a mulher desaparecida, ou outra pessoa.

Segundo o Instituto Médico Legal (IML) da capital, a identificação oficial da vítima só poderá ser confirmada após exames, mas segundo o delegado Mario Sergio Zacheski, conhecido como Bradock, existe a possibilidade de  que o corpo possa ser da mulher. 

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Oito boletins de ocorrência

Conforme o delegado, Maria de Lurdes já havia registrado contra seu ex-marido oito boletins de ocorrência, sendo o último deles lavrado há apenas 12 dias.

“Moradora esta que já há algum tempo havia um ‘entrevero’ com o ex-marido: ela fazendo BO contra ele, ele fazendo contra ela. Ela dizendo que ele estava ameaçando ela. […] Ouvimos já o ex-marido dela, logicamente, ele vai negar. Negou mesmo”,

completa o delegado. 

O homem já foi ouvido, mas declarou não ter envolvimento com a situação. Amigos do suspeito também negaram que o colega possa ter participado e garantiram que estão atrás de câmeras de segurança que comprovem que o homem estava com eles.