Mulher mantém filha com necessidades especiais em cativeiro e é presa no PR

De acordo com a Delegacia da Mulher, a prisão da mulher que manteve a filha em cativeiro foi agravada pelo fato da vítima ser familiar

por Mariana Gomes
Com revisão de Guilherme Fortunato
Publicado em 10 jun 2024, às 19h47.

Uma mulher de 50 anos foi presa no sábado (8) em Ponta Grossa, no Paraná, por manter a própria filha em cativeiro. De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a vítima é portadora de necessidades especiais.

Mulher mantém filha com necessidades especiais em cativeiro e é presa no PR
Policiais revelaram que ficaram assustados com o estado da vítima. (Foto: Reprodução/PCPR)

O caso foi descoberto no dia 2 de maio de 2024 após moradores da região de Vila Nova avistarem uma mulher de 30 anos perambulando nua pela rua e em estado severo de desnutrição. As autoridades foram acionadas e, após investigação, foi descoberto que a moça havia escapado de uma residência próxima.

Segundo a PCPR, a investigação na casa da vítima revelou que ela vivia em estado extremo de abandono em um ambiente insalubre. A mulher chegou a tentar comer fezes do chão enquanto as autoridades examinavam o ambiente, reforçando a aparência de desnutrição.

Em seguida, a vítima foi encaminhada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para ser internada. Enquanto isso, o boletim de ocorrência foi encaminhado para a Delegacia da Mulher, onde a investigação começou.

Investigação aponta abuso de mulher que mantinha filha em cativeiro

As investigações da Delegacia da Mulher revelaram que a mãe dessa jovem mantinha a filha em cativeiro, amarrada e sem alimentação. Além disso, uma denúncia anônima revelou que a vítima também era acorrentada e agredida fisicamente. A residência onde os abusos aconteciam tinha um muro alto na frente, provavelmente para esconder o que realmente acontecia.

Mulher mantém filha com necessidades especiais em cativeiro e é presa no PR
A vítima apresentava ferimentos e claros sinais de desnutrição. (Foto: Divulgação/PCPR)

Os policiais responsáveis pelo caso revelaram que o caso foi chocante e, caso não tivesse sido socorrida, a vítima não sobreviveria por muito tempo. Então, a Autoridade Policial da Delegacia da Mulher representou pela prisão preventiva dessa mãe. Por sua vez, a justiça deferiu a ordem prisional rapidamente.

Por fim, a mulher que manteve a filha em cativeiro foi presa pelo crime de cárcere privado, agravado pelo fato da vítima ser familiar e pelo tempo do crime. Além disso, o estado da vítima também foi levado em conta como agravante.

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