Mulher portadora de deficiência morta pela mãe morreu em ritual macabro, diz testemunha
Um novo depoimento nesta quinta-feira (26) trouxe ainda mais mistério ao caso da mulher que foi encontrada morta em uma residência no bairro Cajuru, em Curitiba. Segundo testemunhas, a vítima, Maria Salete, era agredida pela própria mãe durante rituais de magia negra.
A mãe da vítima foi presa na última semana como a principal suspeita do crime, durante operação nomeada de “Quarto do Terror”. Ela afirmava que a filha teria caído da escada e por isso morreu.
As investigações apontam que a mulher portadora de deficiência, de 32 anos, sofria tortura e cárcere privado na própria residência.
Segundo o repórter Tiago Silva, da RICtv, que teve acesso aos depoimentos da depoente, a vítima era utilizada como um “boneco de vodu”, semelhante aquelas cenas de filme em que alguém fere o boneco de pano com agulhas ou fogo para que a dor seja sentida em outra pessoa.
“Encontrei a vítima com lesões na cabeça, com o corpo inteiro marcado, dos pés a cabeça. […] Lesões antigas e atuais, imcompatíveis com um “acidente”.
diz o Delegado Tito Barichello.
Relações sexuais forçadas e possível gravidez
Durante entrevista à reportagem da RICtv, a testemunha disse que a suspeita do crime obrigava os irmãos de Maria Salete fizessem sexo com ela.
“Ela fazia os irmão ter relação sexual com a filha (Maria Salete) e fazia eles bater nela também. Tem até isso ainda.”
contou a mulher que não quis ser identificada.
A testemunha ainda relatou que Maria Salete estava grávida, mas conforme o tempo foi passsando a barriga simplesmente sumiu.
“Ela tava grávida, com uma barrigona e nunca apareceu a criança, mas a barriga dela desapareceu. […] Essa mulher é do satanás mesmo, do capeta, e ela faz a magia negra porque ninguém fuma 6,7 carteiras por dia.
O delegado Tito confirma que essas informações foram repassadas a Divisão de Homicídios e Proteção á Pessoa (DHPP) mas que o objetivo principal da investigação é confirmar a motivação do crime e se houve ou não a participação de outras pessoas.
“Fiquei estarrecido com o que ouvi da depoente. Ela afirmou algumas coisas que carecem de provas.” […] “Tive contato com a família e vizinhos que afirmaram que ela participava de uma mesa branca, do bem, que faz orações e afins. Jamais usaram a filha como vodu.”
Disse o advogado da suspeita, José Valdeci de Paula.
A espera agora é pelo resultado do exame de necropsia, que vai revelar a causa-morte de Maria Salete.