Mulher que matou marido a facadas diz que homem tinha envolvimento com tráfico

A suspeita disse em depoimento que teve a ação para se defender e que "não sabia que ia acontecer isso". A situação aconteceu em Londrina, no Norte do Paraná

por Jonathas Bertaze
com informações da RICtv
Publicado em 3 out 2024, às 21h01. Atualizado às 21h02.
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Taís Matias Teixeira, mulher suspeita de matar o marido a facadas, disse que em depoimento à Polícia Civil do Paraná (PCPR) que Lucas Vinicius Lourenço tinha envolvimento com tráfico de drogas. O assassinato aconteceu no último domingo (29), em Londrina, no Norte do Paraná.

Mulher que matou marido a facadas diz que homem tinha envolvimento com tráfico
Briga de casal que terminou com morte de homem foi filmada (Foto: reprodução / RICtv)

A RICtv Londrina teve acesso ao depoimento da suspeita. Durante o interrogatório, a mulher foi perguntada do porquê Lucas utilizava uma tornozeleira eletrônica, em seguida ela responde o motivo: “Tráfico”.

Durante o depoimento, Taís também deu a sua versão de como a briga se iniciou. “Eu cheguei em casa e ele já estava lá. Daí a gente começou a discutir e ele veio querendo vir para cima de mim. Entrei, peguei a faca para me defender, não sabia que ia acontecer isso”, afirmou a mulher, que completou dizendo que o homem só estava tranquilo no vídeo, pois a irmã da suspeita estava gravando.

“Foi acidente”, diz mulher que gravou irmã matando marido a facadas

Em entrevista para a RICtv Londrina, a testemunha afirmou que Lucas agredia a irmã e que ela não teve a intenção de matar o marido a facadas. Ela afirmou que Taís registrou pelo menos três boletins de ocorrência contra o marido.  

“Foi um acidente, ela não queria fazer isso, pois ela é apaixonada por ele. Quando ele foi dar um murro nela, ele estava com a faca e acabou atingindo o peito dele. Ela mandou eu chamar a ambulância, pegou uma toalha, mas não tinha o que fazer”.

Vídeo mostra momento em que mulher mata marido a facadas

Sobre o vídeo que gravou da irmã matando o marido, a jovem revelou que tentou tirar a faca da irmã, mas que não teve tempo. Além disso, disse que o cunhado estava sob efeito de álcool no dia do crime. 

“Quando ele foi me acordar, ele estava com uma latinha de cerveja e tinha falado que ia ‘arrebentar ela’. Pelo que percebi ele já tinha batido na minha irmã. Ele estava alterado, mas minha irmã não”, disse. 

Segundo a mulher que gravou o vídeo, a suspeita foi se defender de uma agressão e pode sim responder em liberdade pelo crime. A defesa de Teixeira fez um pedido para que ela deixe a prisão. 

“Eu entrei no meio da briga. Eu fui tentar tirar a faca da minha irmã, mas ele veio avançando. Foi a hora que ele derrubou o celular dela no chão e ela então foi para cima dele. Para mim foi um acidente. Ela é inocente e eu acredito que ela pode responder em liberdade. Ela foi se defender, pois ele foi para cima dela”. 

A jovem finalizou a entrevista dizendo que já viu o vídeo do crime pelo menos três vezes. “É chocante”, encerrou.

Delegada descarta legítima defesa

Nas imagens é possível ver uma discussão entre o casal. Enquanto a mulher faz acusações, o homem não esboça muitas reações. Porém, após cerca de sete minutos de muitos gritos de Taís, o rapaz pega o celular da ex e arremessa no chão. Neste momento, Taís já estava com uma faca nas mãos e ataca o ex-companheiro.

“O caso foi levado para gente como uma possível violência doméstica e legítima defesa. Mas a partir dos vídeos fica bem claro, são 10 minutos de vídeo, com sete dele bastante tranquilo, ela muito agressiva, agredindo verbal e fisicamente. O maior momento de descontrole dele é quando quebra o celular, neste momento ela já está com a faca na mão. Ela pula em cima dele, eles entram em via de fato, e é o momento que acontece a facada. Então para gente ficou bastante claro que não seria uma situação de legítima defesa”, comentou a delegada Livia Pini, da Polícia Civil do Paraná (PCPR).

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Caso aconteceu em Londrina, no norte do Paraná, na noite do último domingo (29)
Caso aconteceu em Londrina, no norte do Paraná, na noite do último domingo (29) (Foto: RICtv Londrina)

Com a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva, não há expectativa da mulher ganhar liberdade. A defesa de Taís informou que já trabalha para a mulher responder dentro das melhores condições.

A suspeita não possui antecedentes criminais e tem uma filha pequena.

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