Mulher suspeita de aliciar brasileiros detidos com drogas na Tailândia é presa pela PF
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (5) uma operação que tem como alvo a mulher suspeita de aliciar brasileiros que foram presos em fevereiro deste ano, com drogas na Tailândia. A operação chamada ONG BAK cumpre dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva.
De acordo com a PF, a mulher suspeita de aliciar os três brasileiros que embarcaram de Curitiba e foram presos no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Bangkok, na Tailândia, quando tentavam entrar no país com 15,5 quilos de cocaína nas bagagens, foi presa na capital paranaense.
As investigações, que se iniciaram logo após a prisão dos três brasileiros, apontaram que os dois homens envolvidos já haviam viajado para o exterior, antes do período da pandemia de COVID-19 em situações que demonstram que estariam transportando drogas.
Com a prisão, expedida pela 9ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, a investigação espera obter mais provas sobre o tráfico para o exterior. A Polícia Federal examina, ainda, a possibilidade de requerer à Justiça Federal a extradição dos presos na Tailândia para que respondam pelos crimes praticados no Brasil.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação criminosa para o tráfico, cujas penas somadas podem alcançar 25 anos de reclusão. Assista ao momento da prisão:
Brasileiros presos na Tailânda
Três brasileiros foram presos por tráfico internacional de drogas no Aeroporto Internacional de Bangkok-Suvarnabhumi, localizado na Tailândia. Dois dos suspeitos, um homem de 27 anos e uma mulher de 22, foram flagrados embarcando juntos em Curitiba. O outro suspeito viajou sozinho. O rapaz tem 24 anos e é de Apucarana, no centro-norte do Paraná. As detenções ocorreram no dia 14 de fevereiro.
Um dos três jovens presos por tráfico de drogas na Tailândia, Jordi Vilsinski Beffa, de 23 anos, conseguiu enviar mensagens de áudio e texto a um amigo. Neles, o apucaranense, do norte do Paraná, fala que “não vai sair dessa” e pede que o amigo “cuide da sua família por ele”.
O advogado da família de Jordi, Petrônio Cardoso, disse que os parentes não sabiam da viagem do jovem até a Tailândia e foram surpreendidos pela notícia, no dia 14 de fevereiro, quando foram avisados pelo amigo que recebeu as mensagens. Segundo eles, Jordi tinha dito que iria viajar para Balneário Camboriú, em Santa Catarina.