Fabrizzio foi assassinado a tiros dois dias antes de Polícia deflagrar operação Pane Seca

A morte do fiscal obrigou a Polícia a antecipar a deflagração da Operação Pane Seca

*Com informações do repórter Daniel Santos, da RICTV Curitiba

O secretário de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR), Wagner Mesquita, afirmou que o assassinato de Fabrizzio Machado da Silva, de 34 anos, pode estar relacionado com a operação “Pane Seca”, que fechou nove postos de combustível em Curitiba e Região Metropolitana.

O Ministério Público do Paraná e a Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis (ABCF), presidida por Fabrízzio, investigavam fraudes na venda de combustíveis na Grande Curitiba. De 50 postos fiscalizados durante a operação, 30 não passaram nos testes. A investigação mostrou que nove estabelecimentos eram controlados por dois grupos criminosos que comandavam as fraudes.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, a morte do fiscal adiantou a deflagração da operação Pane Seca. “A Polícia teve que antecipar os trabalhos porque havia o risco dos suspeitos fugirem e destruírem provas das fraudes”, explicou Mesquita.

O delegado Cássio André Dias Conceição, responsável pela investigação da morte de Fabrízzio na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ouve nesta segunda-feira (27) os seis presos na operação Pane Seca. A suspeita é que uma das quadrilhas investigadas seja responsável pela morte do fiscal. Outros seis investigados estão foragidos.

Fabrízzio foi morto com dois tiros no rosto na noite de quinta-feira (23), quando chegava em casa, no bairro Capão da Imbuia, na capital. Dois dias depois do crime a Polícia Civil deflagrou a operação Pane Seca.