Operação da PF contra fraudes no Auxílio Emergencial prende 5 em Maringá
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (24), as Operações Vida Fácil I e Vida Fácil II, que investigam fraudes de aproximadamente R$ 10 milhões em pagamentos do Auxílio Emergencial do Governo Federal. Aproximadamente 210 policiais federais cumprem 17 mandados de prisão preventiva e 54 mandados de busca e apreensão em Maringá e outras seis cidades dos estados de São Paulo e Goiás. Cinco pessoas foram presas em Maringá.
Em Maringá, foram cinco pessoas presas: três homens e duas mulheres. Com os suspeitos, foram apreendidos veículos, documentos, dinheiro e outros itens.
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Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Araçatuba (SP). Além de Maringá, os policiais federais cumprem mandados em Araçatuba, Bauru, Marília, Birigui, São José do Rio Preto, todas no estado de São Paulo, além de Anápolis, em Goiás.
A PF iniciou as investigações em Araçatuba no início deste ano, após receber informações da Unidade de Repressão às Fraudes ao Auxílio Emergencial da PF em Brasília (DF), dando conta que, após realização de cruzamento de dados, vários indivíduos foram identificados em diversos auxílios emergenciais fraudados.
As investigações confirmaram que duas organizações criminosas especializadas na prática de furto, mediante fraude, do benefício assistencial, com base na cidade de Birigui, estavam agindo não só na região de Araçatuba, mas também em outros estados. Os líderes dos grupos criminosos ostentavam alto padrão de vida, adquirindo veículos de luxo e imóveis.
A PF afirma que é possível estimar que os prejuízos aos cofres públicos sejam superiores a R$ 10 milhões. A pedido da PF, a Justiça Federal decretou, além das buscas e prisões, o bloqueio de bens e valores dos investigados objetivando garantir a restituição dos valores desviados para os cofres públicos.
Os presos serão indiciados pelos crimes de furto, mediante fraude, praticados por meio de dispositivo eletrônico ou informático, e associação criminosa. Caso sejam condenados, eles estarão sujeitos à pena máxima de até a 16 anos de reclusão.
Todas as apreensões realizadas serão encaminhadas para a sede da PF em Araçatuba, assim como os presos, que, após serem ouvidos pela autoridade policial, serão encaminhados para unidades prisionais da região, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
Os nomes das Operações Vida Fácil I e Vida Fácil II fazem alusão ao comportamento dos investigados que, sem apresentar vínculos de trabalho lícito e por meio de fraudes e desvios de benefícios assistenciais, objetivavam desfrutar de uma Vida Fácil, com aquisição de bens de alto valor agregado.