Operação da PF mira organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro do tráfico internacional

por Redação RIC.com.br
com informações da Comunicação Social da Polícia Federal em Curitiba-PR
Publicado em 15 mar 2022, às 08h43. Atualizado às 10h11.

A Polícia Federal (PF), em apoio com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta terça-feira (15) a Operação Vertigem. O objetivo da ação é reprimir e desarticular esquema de lavagem de dinheiro operacionalizado por meio da negociação e aquisição de apartamentos de alto padrão na cidade de Balneário Camboriú (SC). Os imóveis foram adquiridos com recurso oriundo do tráfico internacional de drogas.

Ao todo foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Itajaí (SC), Balneário Camboriú (SC) e Arapongas (PR). Também foi decretado o sequestro de um imóvel de luxo que é objeto da lavagem de dinheiro.

Investigação

As investigações revelaram que o esquema criminoso se deu mediante a realização de negócios jurídicos fraudulentos custeados com dinheiro de procedência ilícita, havendo ainda o subfaturamento do valor dos imóveis e a utilização de “laranja” como forma de ocultar a identidade do real adquirente, que seria um narcotraficante internacional chefe do grupo criminoso responsável pela remessa de diversos carregamentos de cocaína para a Europa através do Porto de Paranaguá/PR.

Em relação a um dos imóveis objeto da lavagem, verificou-se indícios do envolvimento da construtora responsável pelo empreendimento, consubstanciado no fato de ter recebido grande quantia de dinheiro em espécie sem qualquer formalização contratual ou a devida comunicação aos órgãos competentes.

O trabalho é um desdobramento da Operação Enterprise, deflagrada pela Polícia Federal no dia 23/11/2020 em diversos Estados da Federação e no exterior para combater um conglomerado de Organizações Criminosas vocacionadas ao crime de tráfico internacional de drogas. A investigação deflagrada hoje recai sobre a lavagem de dinheiro perpetrada por um dos principais integrantes desta estrutura criminosa desmantelada na Operação Enterprise.

Os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro, com penas que podem variar de 3 a 10 anos para cada ação perpetrada.