Operação do Gaeco prende policiais militares suspeitos de homicídio

Investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado aponta que policiais da Rotam forjaram confronto que causou a morte de um jovem

por Luciano Balarotti
Com informações do MPPR
Publicado em 22 ago 2024, às 15h10.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MPPR) deflagrou nesta quinta-feira (22), com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, a Operação Grisio, que apura possível prática de homicídio por policiais militares. Conforme o Gaeco, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e seis ordens de prisão temporária, expedidos pelo Juízo da 2ª Vara Privativa do Tribunal de Júri de Curitiba.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MPPR) deflagrou nesta quinta-feira (22), com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, a Operação Grisio, que apura possível prática de homicídio por policiais militares. Conforme o Gaeco, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e seis ordens de prisão temporária, expedidos pelo Juízo da 2ª Vara Privativa do Tribunal de Júri de Curitiba.
Policias da Rotam foram presos preventivamente na operação (Foto: Arquivo/PMPR)

De acordo com as investigações, o crime ocorreu no dia 15 de julho, no bairro Butiatuvinha, em Curitiba, quando um rapaz de 23 anos morreu após um suposto confronto com os PMs investigados.

A apuração do Gaeco começou com a análise de boletins de ocorrência, que davam conta de que uma unidade da Ronda Ostensiva de Tático Móvel (Rotam) teria se envolvido em situação de confronto ao dar apoio a uma abordagem de uma equipe de rádio patrulha. Ocorre que, no decorrer das investigações, foram obtidas imagens de câmeras de segurança da região, que não batem com a descrição oficial.

Gaeco investiga possíveis crimes de policiais

“Nesse trabalho está sendo investigada as circunstâncias de uma morte causada pela intervenção da polícia no dia 15 de julho deste ano. Foram obtidas imagens de câmeras de segurança dos eventos e as imagens destoam do que foi constado nos boletins de ocorrência. Dessa forma, a fim de compreender os fatos na sua na sua completude, foram expedidos os mandados de busca, apreendidos telefones celulares, de forma a levar ao entendimento completo da situação”, afirma o Felipe Lamarão de Paula Soares.

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Ainda de acordo com o Gaeco, quatro dos seis policiais militares investigados têm registro de envolvimento em eventos similares, com resultado de morte de civis, sendo que um deles tem 23 ocorrências desse tipo registradas.

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