por Daniela Borsuk
com informações do MPPR

Na manhã desta quarta-feira (22), no âmbito da Operação Stagista, que investiga a possível prática de crimes de corrupção e concussão por parte de integrantes​ à época​ da Delegacia de Polícia de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Quatro Barras, Colombo, Campo Magro, Rio Branco do Sul, Curitiba, Morretes e Campina Grande do Sul. Os alvos foram oito pessoas e uma empresa. Durante a ação, foram apreendidas armas, drogas e munições.

A operação foi deflagrada pelo Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil, o Instituto de Criminalística e o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).

Os fatos que deram início às investigações datam de agosto de 2020 e fevereiro de 2021 e dizem respeito ​a​ possível solicitação, por parte de integrantes da Delegacia de Campina Grande do Sul, de vantagens indevidas para liberação de um veículo apreendido e à exigência de pagamento de propina para que não fossem adotadas as medidas legais cabíveis em razão da realização de uma festa clandestina em descumprimento às restrições decorrentes da pandemia do coronavírus.

No curso das investigações, que duraram cerca de quatro meses, os policiais envolvidos foram transferidos para a Delegacia de Polícia de Rio Branco do Sul, permanecendo em Campina Grande do Sul apenas um estagiário, que também é investigado. Ele teria recebido como pagamento da propina de uma das vítimas​,​ várias transferências bancárias, totalizando a quantia de R$ 10 mil.

De acordo com o Ministério Público, apura-se ainda se os investigados praticaram lavagem de dinheiro e outros crimes contra a administração pública. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara Criminal de Campina Grande do Sul.

22 set 2021, às 13h01.
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