Polícia Federal deflagra 71ª fase da Operação Lava Jato

Publicado em 18 jun 2020, às 08h43.

Intitulada de Operação Sem Limites II, a Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (18), a 71ª fase da Operação Lava Jato, que mira combater irregularidades na área de trending e compra e venda de petróleo, óleos combustíveis e derivados da Petrobras.

Operação Lava Jato: PF investiga pagamento de propina na área de trading da Petrobras

Ao todo, cerca de 40 policiais cumprem 14 ordens judiciais, sendo 12 mandados de busca e apreensão e dois ofícios para obtenção de dados telemáticos.

Além disso, foram expedidas ordens para bloqueio de valores até o limite dos prejuízos identificados até o momento, cerca de R$ 17 milhões.

As ordens judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal da Justiça Federal de Curitiba, e os mandados estão sendo cumpridos todos no Rio de Janeiro.

Investigação começou em 2018

A operação Sem Limites começou em dezembro de 2018, e agora foram identificados novos indivíduos que auxiliviam e integravam a organização criminosa que lesava a Petrobras, especialmente na área de trading, onde são realizados negócios de compra e venda de petróleo, óleos combustíveis e derivados, dentre outros, junto a empresas estrangeiras e que são destinadas às atividades comerciais da estatal.

De acordo com as investigações, foi possívei identificar diversos doleiros que atuavam até 2018 no mercado paralelo de câmbio e auxiliavam na remessa de valores de propina que eram pagos pelos intermediários no exterior para agentes públicos no Brasil.

Além disso, PF também identificou titulares de contas no exterior em nome de empresas offshores, e por meio delas, profissionais do mercado paralelo de câmbio realizavam transferências bancárias internacionais para a realização de “dólar-cabo”.

A suspeita é de que parte dos valores de propina tinham como objetivo o pagamento de intermediários políticos para a manutenção de empregados públicos em funções estratégicas da Petrobras, como a Gerência Executiva de Marketing e Comercialização.

Entre outros crimes, os investigados vão responder pela prática de corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, crimes financeiros e lavagem de dinheiro.