Pai do bebê João, morto por maus tratos, é preso; veja o vídeo

Publicado em 4 maio 2021, às 15h48.

Everton dos Santos, pai do bebê João Wesley de Lara, 10 meses, que morreu no hospital no início de março vítima de maus tratos, foi preso pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (04).

A equipe da RIC Record TV acompanhou com exclusividade a prisão e a chegada da mãe de João, Emilly Amanda de Lara Pereira, no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). A prisão ocorreu em uma loja de conveniências de um posto de combustíveis, onde Everton e Emily chegaram para tomar um café. Logo que ele passava pelo caixa para pagar a conta, foi preso pelos investigadores do Nucria.

Emilly se desesperou e foi para o Nucria, onde se encontrou com seu advogado. Na delegacia, conforme flagrou a equipe da RIC, ela parecia preocupada o companheiro.

Maus tratos

A mãe de João alegava que o filho tinha sido machucado no hospital. Ele passou mal em casa, no dia 28 de fevereiro, enquanto tomava a mamadeira, teve uma convulsão e precisou ser internado. No laudo do Hospital Evangélico, a equipe informou que a criança teve morte encefálica, apresentava sangramento na cabeça, hematomas pelo corpo, uma possível fratura no braço e fissuras anais.

Mais tarde, saiu o laudo do IML apontando que o menino tinha diversas fraturas pelo corpo, além de marcas de pancadas fortes que recebeu na cabeça. Isso levantou as suspeitas da polícia em cima do casal e a investigação resultou na prisão de Everton hoje pela manhã.

Emilly deverá ser interrogada no Nucria na tarde desta terça-feira (04) e explicar porque ela não percebeu o filho todo fraturado e machucado e ainda acusou o hospital das agressões. Dependendo das respostas que a mãe der a polícia, isso pode levar ela a também ser responsabilizada pela morte do filho.

Testemunhas afirmaram à polícia que a mãe do bebê e os avós do homem também eram agredidos quando Everton usava drogas. Uma das testemunhas contou que ele fazia uso de cocaína praticamente todos os dias, sempre que tinha condições de comprar a mercadoria. Os avós do homem inclusive já fizeram um Boletim de Ocorrência contra ele por violência doméstica e pediram uma medida protetiva, concedida em novembro de 2020.

Veja o momento da prisão: