Pais são indiciados pela morte de bebê no Paraná; polícia suspeita de agressão

por Guilherme Fortunato
com informações da Polícia Civil
Publicado em 23 fev 2023, às 06h35. Atualizado às 06h36.

O casal de 27 e 52 anos, suspeito de agredir e provocar a morte do próprio filho de 1 anos e sete meses, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi indiciado por homicídio. O bebê faleceu no dia 8 de fevereiro.

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Segundo as investigações, os pais agrediram fisicamente a criança, que chegou a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Campo Magro com ferimentos na cabeça, desnutrição e desidratação.  

Os pais foram indiciados pelo homicídio por meio torpe, impossibilidade de defesa da vítima, meio cruel e pelo fato de a criança ser menor de 14 anos. O casal já está preso. 

O delegado da Polícia Civil, Ivo Viana, disse no dia da prisão que existiu uma medida protetiva a favor dos dois filhos do casal contra os suspeitos. Na época, a vítima foi retirada dos pais pelo conselho tutelar com apenas 12 dias de vida e foi encaminhada para casa lar. 

O caso

O bebê chegou na UPA por volta das 12h50 de quarta-feira (8). O casal, de 27 e 40 anos, alegou que levou a criança porque ela estava gelada. Ao examinar a criança, os médicos e enfermeiros constataram muitas fraturas no corpo do bebê. Os pais disseram que a criança tinha caído no banheiro de casa no dia anterior, por volta das 15h.

Os médicos acionaram o Conselho Tutelar e a Polícia Civil, que prenderam o casal em flagrante. O delegado disse que os dois contaram versões diferentes e contraditórias do caso. Ambos negaram as agressões, mas o corpo apresentava ferimentos na cabeça, que não eram compatíveis com a queda. 

“As informações passadas por eles foram de desencontro com os exames clínicos feitos pelos médicos, que apontavam uma série de fraturas na cabeça dessa criança. As lesões não eram compatíveis com um mero acidente”, disse Viana. 

O delegado que investiga o caso disse também que os dois não esboçaram reação de sentimento com a perda de um filho. Eles deram a mesma versão para os médicos na UPA e que a criança não apresentou nenhum comportamento diferente após o suposto acidente. 

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