Paraná arrecada mais de R$ 320 mil em multas de desmatamento e pesca ilegal
Entre os dias 11 e 16 de janeiro, equipes de fiscalização do Instituto Água e Terra (IAT) percorreram 22 municípios das regiões Oeste e Noroeste do Paraná e lavraram diversos Autos de Infração Ambientais (AIAs) que totalizaram R$ 320,5 mil em multas. Entre os crimes ambientais identificados nas autuações, estavam: desmatamento, corte ilegal de árvores nativas isoladas e desrespeito a embargos aplicados pelo órgão ambiental em outras operações de fiscalização.
As informações confirmadas pelo IAT, nesta quarta-feira (19), são referentes à força-tarefa realizada durante o Verão Paraná – Viva a Vida. O objetivo da ação, segundo o Instituto, foi identificar irregularidades no período da piracema, além da caça ilegal e crimes de desmatamento.
“Os crimes praticados contra o meio ambiente recebem a mão pesada do Estado. As ações de plantio de mudas de árvores nativas e a preservação da biodiversidade são acompanhadas de fiscalização”,
destaca o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.
Desde o dia 1º de novembro de 2021 até 28 de fevereiro deste ano, o Paraná restringiu a pesca de espécies nativas em toda a Bacia Hidrográfica do Rio Paraná e seus afluentes. O objetivo é garantir o período de reprodução dos peixes. Devido a decisão, são proibidos materiais de pesca, como varas, redes e embarcações; transporte e comercialização de espécies nativas, como bagre, dourado, jaú, pintado, lambari, mandi-amarelo, mandi-prata e piracanjuva, além de competições de pesca.
Durante a operação, os fiscais encontraram e apreenderam um equipamento de motosserra, seis metros cúbicos de lenha nativa, 800 metros de cordas de espinhel, 53 boias loucas, 15 caniços de bambu, 116 anzóis de galho, 1.100 metros de rede de nylon de emalhar e 15 molinetes com caniço.
Ao todo, foram abordadas 43 embarcações de diversos turistas e pescadores, que receberam orientações de educação ambiental.
“Como estamos no período da piracema, as pescas irregulares foram o foco dessa ação. Eles receberam orientações sobre a piracema, do que pode e o que não pode para respeitar o período de reprodução dos peixes dos nossos rios. Essas orientações são parte das ações de educação ambiental do órgão”, destacou o coordenador da ação, Antonio Carlos Moreto”,
disse o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Alvaro Cesar de Góes.
- Veja sobre: Carro ‘entra’ em clínica de estética após acidente em Londrina; local tem placa pedindo atenção
Cidades monitoradas
De acordo com o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Alvaro Cesar de Góes, por cinco dias de atividades os agentes fiscais atuaram por terra. No Oeste, percorreram os municípios de Diamante D’Oeste, Matelândia, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha do Itaipu, Pato Bragado, Mercedes, Santa Helena, Missal, Itaipulândia, Entre Rios. Na região Noroeste, os municípios de Marilena, São Pedro do Paraná e Porto Rico.
No Noroeste do Estado, as abordagens aconteceram nas prainhas de Santa Rosa, em Porto Rico, e do Porto São José.