Parolin: Família sofre atentados após membro ser ‘jurado de morte’

Por familiar ser da Turma do Meio, irmão foi baleado e a casa da família foi alvo de disparos de arma de fogo

por Jorge de Sousa
com informações de Beatriz Frehner e Pedro Neto
Publicado em 25 set 2024, às 15h30. Atualizado às 15h09.
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A guerra entre facções no Parolin tem aterrorizado os moradores do bairro de Curitiba. Uma família é exemplo dessa política do medo ao sofrer atentados e ameaças constantes porque um dos membros foi ‘jurado de morte’ pelos grupos criminosos rivais.

Parolin: Família sofre atentados após membro ser ‘jurado de morte’
Estevão é ligado a Turma do Meio e seria responsável por uma biqueira no Parolim. (Foto: Reprodução/RICtv)

Com base em apurações realizadas e documentos obtidos com exclusividade, a RICtv apresenta desde terça-feira (24) a série ‘Parolin Território em Guerra’. Ao todo serão exibidas quatro reportagens que irão contar como a disputa pelo poder no bairro se transformou em um conflito com diversas mortes.

Após o atentado contra Jessica, filha da chefe da Turma de Cima – uma das facções que atua no Parolin, diversos membros da Turma do Meio sofreram atentados no Parolin.

Um desses alvos é Estevão, apontado pelas investigações da Polícia Civil do Paraná (PCPR) como responsável por uma biqueira (local em que se vende drogas) no bairro.

No dia 18 de agosto, Maycon, irmão de Estevão, foi baleado no ombro enquanto caminhava pelo Parolin. Mas a PCPR aponta que os suspeitos pelo atentado erraram o alvo da emboscada, porque o homem a ser morto era Estevão e não Maycon.

Com base em denúncias, a PCPR apontou como responsáveis pelo atentado a Maycon cinco suspeitos:

  • Nenê;
  • Baé;
  • Índio;
  • Willian;
  • Juninho PY.

Após o atentado, a família de Estevão tentou obrigar o homem a deixar a casa, com medo de que novas tentativas poderiam acontecer. Mas o rapaz se negou e disse que só sairia do bairro “morto”.

No objetivo de tentar pressionar os familiares a entregarem Estevão, os suspeitos teriam utilizado um caminhão para ir até a residência da família e realizar diversos disparos em direção a casa.

Membros da família buscaram então a PCPR para relatar o caso e afirmaram que têm medo de deixar a residência. Ainda relataram sofrerem ameaças diárias para contarem onde estaria Estevão.

A mesma testemunha utilizada pela PCPR nos casos dos assassinatos de Marcos Vieira e José Fernando Pereira dos Santos relatou que Nenê disse que pagaria entre R$ 10 mil e R$ 50 mil pela cabeça de Estevão.

A testemunha ainda relatou que Nenê ameaçou jogar uma grana na casa da família de Estevão para tentar forçar os familiares a entregarem o homem.

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Parolin Território em Guerra

O terceiro episódio da série Parolin Território em Guerra será exibido nesta quinta-feira (26) e mostrará mais desdobramentos do confronto entre as facções e sobre a testemunha sigilosa que, mesmo sem estar presente nos locais dos crimes, baseou a investigação da PCPR.

A guerra entre facções criminosas no centro desta investigação jornalística com reportagem de Beatriz Frehner e produção de Pedro Neto.

Confira também nesta quinta-feira uma nova matéria sobre a série no Portal RIC.

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